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Famílias Cearenses & Francisco Augusto de Araújo Lima.

 

 

 

 

Por Francisco Augusto de Araújo Lima, Praia do Futuro, Fortaleza, 08.08.2020. genealogia@familias cearenses.com.br  faal.ww@gmail.com

 

   Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião foi o terceiro filho de José Ferreira dos Santos e de Maria Sucena da Purificação. José Ferreira dos Santos foi morto a 18 de maio de 1921. Neto paterno de  Antônio Ferreira de Barros e de Maria Francisca da Chaga. Neto materno de Manoel Pedro Lopes e de Jacoza Vieira da Soledade, todos da mesorregião do sertão pernambucano. Portanto a probabilidade de Virgulino, Lampião - ter ascendência cearense é remota.

“Nascido na cidade de Vila Bela, atual Serra Talhada, no semiárido do estado de PernambucoAté os 21 anos de idade trabalhou como artesão. Era alfabetizado e usava óculos para leitura, características bastante incomuns para a região sertaneja e pobre onde ele morava. Uma das versões a respeito de seu apelido é que sua capacidade de atirar seguidamente, iluminando a noite com seus tiros, fez com que recebesse o apelido de Lampião. Sua família travava uma disputa com outras famílias locais, geralmente por limites de terras, até que seu pai foi morto em confronto com a polícia. Virgulino jurou vingança, e junto de mais dois irmãos, passou a integrar o grupo do cangaceiro Sinhô Pereira.”

  

 

 

Lampião (Virgulino Ferreira da Silva) para Leonardo Mota, No Tempo de Lampião, 1967, nasceu a 12 de fevereiro de 1900, em Vila Bela, Serra Talhada. Para outros, nasceu a 07 de julho de 1897 ou ainda a 04 de junho de 1898. Polêmica e documentadas as datas aventadas para o nascimento de Virgulino.

Há controvérsia sobre a data de nascimento de Lampião. As mais citadas são:

- 04 de junho de 1898: data que consta em sua certidão de batismo, uma das mais citadas. Este dia é geralmente aceito por muitos devido ao costume das regiões do semi-árido de primeiro batizar as crianças e registrá-las tempos depois, já que o registro civil surgiu tardiamente.

- 12 de fevereiro de 1900: data dada segundo Antônio Américo de Medeiros pelo próprio Lampião em entrevista ao escritor cearense Leonardo Mota, em 1926, em Juazeiro do Norte.

  A questão do dia, mês e ano do seu nascimento é discutível, inusitada e documentadas as datas sugeridas. Prevalece a do batismo na Igreja Católica Apostólica Romana, por ser o termo escrito mais próximo do nascimento, e portanto com menor probabilidade de erro, admite-se.

 

  Termo de Registro Civil de Virgulino Ferreira da Silva.

  

     

   Cf. Livro de Registro Civil. Pernambuco. familysearch.org.

 

 

                                

   Capela de São Francisco onde Lampião foi batizado. Desde 29.03.1996 encoberta pelas águas represadas pelo Açude da Serrinha, Pernambuco. Fonte foto: http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2015/09/capela-onde-lampiao-foi-batizado.html

  

 Termo de registro civil de Virgolino. “Aos doze dias do mês de agosto de 1900, neste Cartório Distrito do Município de Vila Bela, Estado de Pernambuco, compareceu em meu Cartório José Ferreira dos Santos apresentando as testemunhas abaixo assinadas e nomeadas declaram que no dia sete de julho de 1897 nasceu uma criança do sexo masculino filho legítimo dele declarante (José Ferreira dos Santos) e Maria Sucena da Purificação. Avós paternos: Antônio Ferreira de Barros e Maria Francisca da Chaga; avós maternos Manoel Pedro Lopes e Jacoza Vieira da Soledade que foi batizado com o nome de Virgolino sendo  padrinhos Manoel Pedro Lopes e Maria José da Soledade. E para constar lavrei o presente termo em que se assinaram as testemunhas e o declarante assinou a rogo pó não saber escrever – Manoel Pedro Lopes, Eu José Honório de Moura, Escrivão escrevi. José Ferreira dos Santos, Manoel Pedro Lopes, Antônio Francisco de Souza, José Bernardino de Souza, José Honório de Moura.”

 

     Termo de batismo de Virgulino Ferreira da Silva.

 

   

   

     Cf. Livro de Batismos, Pernambuco. familysearch.org.

   

“A três de setembro de 1898, na Capela de São Francisco, batizei solenemente a Virgolino nascido aos quatro de junho do ano vigente (1898) filho de José Ferreira e  Maria Vieira da Soledade desta Freguesia, foram padrinhos Manoel Pedro Lopes e Maria José da Soledade de que mandei passar este termo que assinei. O Cônego Vigário Joaquim Antônio Siqueira Torres.”

 

 

 

 Termo de casamento dos pais de Virgulino Ferreira da Silva. “Aos treze de outubro de 1894, nesta Matriz presente Joaquim Ferreira de Matos e Manoel Francisco dos Santos assisti justi Sagrado Concílio Tridentino ao recebimento matrimonial de José Ferreira dos Santos com vinte e dois anos de idade, filho legítimo de Antônio Ferreira dos Santos Barros e Maria Francisca da Chaga, com Maria Vieira do Nascimento, com vinte e um anos de idade, filha legítima de Manoel Pedro Lopes e Jacoza Vieira do Nascimento; os nubentes são naturais e moradores nesta Freguesia de Floresta. De que mandei passar este termo que assino. O Cônego Vigário Joaquim Antônio Siqueira Torres.” Cf. Livro de Matrimônios, Pernambuco. familysearch.org. 33. Dona Jacoza proprietária da Fazenda Poço do Negro, Floresta, onde Virgulino viveu parte de sua juventude.

 

 

 

Irmãos de Virgulino Ferreira da Silva.

Virtuosa Ferreira

Antônio n. 15.07.1895

Angélica

Livino n. 25.12.1896.

Ezequel Ferreira

Maria Ferreira de Queiroz

João

Amália

 

   Termo Registro Civil de Antônio. “Aos doze dias do mês de agosto de 1900, neste Cartório Distrito do Município de Vila Bela, Estado de Pernambuco, compareceu em meu Cartório José Ferreira dos Santos apresentando as testemunhas abaixo assinadas e nomeadas declaram que no dia 15 de julho de 1895 nasceu uma criança do sexo masculino filho legítimo dele declarante (José Ferreira dos Santos) e Maria Sucena da Purificação. Avós maternos, Manoel Pedro Lopes e Jacoza Vieira da Soledade e paternos Antônio Ferreira de Barros e Maria Francisca da Chaga e que foi batizado com o nome de Antônio pelo Cônego Joaquim Antônio de Siqueira Torres. E para constar lavrei o presente termo em que se assinaram as testemunhas e o declarante e as testemunhas assinados assinando (sic) a rogo por não saberem escrever. Manoel Pedro Lopes. Eu José Honório de Moura Escrivão escrevi.” 

   Termo de batismo de Livino. “Aos vinte e cinco de dezembro de 1896, na Capela de São Francisco, batizei solenemente a Livino nascido a no sete de novembro do ano vigente, filho legítimo de José Ferreira dos Santos e Maria Santina da Purificação, desta Freguesia, foram padrinhos Luís Barbosa Nogueira e Gertrudes Santina da Purificação. De que mandei passar este termo que assinei. Cônego e Vigário Joaquim Antônio Siqueira Torres.” Cf. Livro de Batismos, Pernambuco. familysearch.org.  

  Termo Registro Civil de Livino. ““Aos doze dias do mês de agosto de 1900, neste Cartório Distrito do Município de Vila Bela, Estado de Pernambuco, compareceu em meu Cartório José Ferreira dos Santos apresentando as testemunhas abaixo assinadas e nomeadas declaram que no dia sete de outubro de 1896 nasceu uma criança do sexo masculino filho legítimo dele declarante (José Ferreira dos Santos) e Maria Sucena da Purificação. Avós paternos: Antônio Ferreira de Barros e Maria Francisca da Chaga; avós Manoel Pedro Lopes e Jacoza Vieira da Soledade que foi batizado com o nome de Livino sendo padrinhos Luís Barbosa Nogueira e Gertrudes Vieira da Soledade. E para constar lavrei o presente termo em que se assinaram as testemunhas e o declarante que assinou a rogo por não saber escrever. Manoel Pedro Lopes e Eu José Honório de Moura Escrivão que escrevi.”

 

 

         

Lampião, ao centro, e sua mulher, Maria Bonita, à direita, fotografados  por Benjamin Abraão Botto (1936).

 

  Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita nasceu no dia 08 de março de 1911, em uma pequena fazenda, no povoado Malhada da Caiçara, Santo Antônio da Glória, atual município de Paulo Afonso, Bahia. Filha de José Felipe e de Maria Joaquina da Conceição. Maria Bonita era casada com José de Neném e depois viveu com Virgulino, com geração.   

  Virgulino faleceu a 28 de julho de 1938, na Fazenda Angicos, (Grota de Angicos), município de Poço Redondo, Sergipe. Raso da Catarina, Bahia, vizinho ao Poço Redondo, coito ideal - pela extrema dificuldade de acesso - escolhido por Virgulino e seu Bando.