Blue Flower

Digite o termo na pesquisa conforme o Sumário atual da terceira etapa. Aperte o enter e aguarde o melhor resultado. Após entrar no tema da publicação, busque a palavra do seu interesse usando as teclas Ctrl + f. surgirá uma barra superior onde se deve digitar a palavra chave, p. ex. "Dummar", logo aparecerá ressaltada, com o número de vezes que se acha no texto. 

 

  

Famílias Cearenses & Francisco Augusto de Araújo Lima. 

 

           

        

       Estrada Fortaleza - Eusébio, Ceará. Fonte Foto. O. Justa. brasilianafotografica.bn.br

 

                

     Estrada Fortaleza - Eusébio, Ceará. Fonte Foto. O. Justa. brasilianafotografica.bn.br

 

 

Eusébio José Coelho nasceu no Distrito de Braga, filho de Antônio José Coelho da Fonseca e de Maria Joaquina Pires, naturais do Arcebispado de Braga, Portugal. Neto paterno de Teodoro Coelho da Fonseca.

   Antônio José Coelho da Fonseca. Certidão Negativa. (D. Maria I, Lv.24, fl.133v). Filiação: Teodoro Coelho da Fonseca. 20.02.1794. Registo Geral de Mercês, Registo de Certidões Negativas, liv. 1 (número de ordem 419), fl.3. PT/TT/RGM/T/0001/333208.

Teodoro Coelho da Fonseca. Certidão Negativa. (D.Maria I, Lv.24, fl.133v). 20.02.1794. Carta. Para ser armado Cavaleiro. 15.04.1799. Registo Geral de Mercês de D. Maria I, liv.14, f. 369. Freguesia da Graça, lugar de Figueira, Pedrógão Grande, Leiria.

  Eusébio José Coelho casou-se aos 14 dias do mês de novembro de 1830, na Igreja Matriz de N. Senhora da Conceição de Messejana, com Rita Valeriana da Cunha Lage, natural da Freguesia da Fortaleza, filha de João da Cunha Pereira e de Rosa Marcelina da Silva Lage, a mesma Rosa Marciliana Perpétua da Cunha Lage.

   O Reverendo Vigário de Fortaleza realizou a cerimônia religiosa de casamento, por licença do Vigário de Messejana, Vicente Ferreira Muniz, e foram testemunhas, Luís Antônio da Silva e Vicente Sebastião da Cunha.

   O antigo nome lugar do Eusébio, hoje Município de Eusébio, surgiu por ser Eusébio José Coelho  o proprietário da lagoa e terras onde hoje demora a sede do Município.

   Eusébio, primitiva Aldeia de Parneramirim, Parnamirim, dos índios Tremembés, missionada pelo Padre Antônio Farinha Preto.  Posteriormente as terras dos índios tremembés, passaram a gente da família Gadelha. Cf. Livro de Casamentos de Mecejana, fmililysearch.org.

 - Teodósio da Rocha Oliveira, filho de Feliciano de Oliveira e de Maria Franco, casou-se a 20 de junho de 1726, na Aldeia de Parneramirim, Parnamirim, (dos índios Tremembés), atual Eusébio, Ceará, com Antônia Ferreira de Paiva, filha de João de Paiva e de Paula Tavares, naturais do Ceará. Presentes, o Missionário, Padre Antônio Farinha Preto, as testemunhas, o Sargento Mor Bartolomeu Teixeira, Francisco de Oliveira, Marcelina de Paiva e Andresa Batista. Pernammerim, Parneramirim, Parnamirim.

1739, na Igreja de N. Senhora da Conceição de Parnamirim, (lagoa e povoado em Aquiraz, atual Eusébio,) missionada pelo Padre Antônio Farinha Preto...

1741, “às dez horas do dia,” na Capela de N. Senhora da Conceição do Parnamerim, Parnamirim, lagoa e povoado, atual Eusébio, filial da Igreja Matriz de São José do Ribamar de Aquiraz, Ceará...

... com Antônia Cabral, natural da Freguesia de Aquiraz, filha de Manoel Cabral de Melo, n. Ilha de São Miguel, Açores, e de Domingas do Rego Freitas, da Vila de Aquiraz, moradores Tapuio, Aquiraz... 

 

                                                             

                 

                                                          Euzébio de Queiroz -  Fonte Foto: wikipedia.org

    Euzébio de Queiroz, Euzébio de Queiroz Coutinho Matoso da Câmara nasceu a 27 de dezembro de 1812, em São Paulo de Luanda, Angola, e faleceu a 07 de maio de 1868, na cidade do Rio de Janeiro. Descendente de importante família originária da África portuguesa, estabelecida no Rio de Janeiro. Filho de Catarina Adelaide Mattoso de Andrade Câmara, casada em Benguela no ano de 1803, com o seu primo o Desembargador Euzébio de Queiroz Coutinho da Silva.¹

  O Bacharel em Direito pela Faculdade de Olinda, Pernambuco, Euzébio de Queiroz Coutinho Matoso da Câmara,  Juiz, Desembargador, Chefe de Polícia da Corte do Rio de Janeiro, Deputado, Senador e Ministro da Justiça, 1848. Orador, parlamentar e jurisconsulto. Estadista e anti - escravagista. Conselheiro do Império, Cavaleiro da Ordem de Cristo.

   A sua ligação com a Província do Ceará, se deve as razões abolicionistas desenvolvidas aqui, e ao seu empenho em âmbito nacional por essa causa. 

   Sancionou a Lei nº 581, de 04 de setembro de 1850, que determinou a proibição do tráfico de escravos, África/Brasil, com intensa repercussão - foi o início do fim da escravatura no país, que iria terminar 38 anos depois com a chamada Lei Áurea, de 13 de maio de 1888.²

   Oficialmente o nome do Município de Eusébio, é uma homenagem à memória deste eminente estadista. Situado na Meso 03, Metropolitana de Fortaleza, MRG 016.

   A denominação espontânea de Eusébio tem origem antiga. Oficial é recente. Vinculado ao Município de Aquiraz, passou a Euzébio de Queiroz, segundo Decreto nº 99, de 04 de setembro de 1935, e novamente a Eusébio, conforme Decreto Lei nº 448, de 20 de dezembro de 1938.

   A evolução política se deu primeiramente com a categoria de Distrito, modificada a denominação para Eusébio, segundo Lei nº 1275, de 20 de maio de 1943 e a Município conforme Lei nº 11.333, de 19 de junho de 1987.

   A padroeira do Município é a Senhora Santa Ana, cuja Capela, atual Igreja Matriz, em referência do citado padroado.³

   Interessante observar que o topônimo ou mais correto limnônimo, Eusébio foi usado muito antes do Decreto nº 99, de 04 de setembro de 1935. Segundo Alencar³, 1903, o lugar já existia e era conhecido como Eusébio não somente a lagoa, mas o povoado, conforme se transcreve da página 134:

Eusébio Arraial com 22 fogos, no Termo do Aquiraz – proximo á lagoa do Eusébio.

Eusebio – Lagoa piscosa no município do Aquiraz.

É uma localidade de futuro, à qual a Assembléia Estadual devia dar o nome de Eusebio de Queiroz, o grande abolicionista brazileiro e notável estadista”. ³

    Uma análise cuidadosa do texto do Diccionario Geographico Historico e Descriptivo do Estado do Ceará, ano de 1903, do citado Álvaro Gurgel de Alencar, permite inferir com segurança, que existiu um cidadão chamado Eusébio, morador na região e que emprestou o seu prenome a lagoa e ao povoado. Deste primeiro e hoje conhecido Senhor Eusébio, partiu-se para a homenagem ao eminente Senador Euzébio de Queiroz.

    A pessoa de prenome Eusébio, que foi proprietária da área onde hoje se situa a sede do município foi o bragantino Eusébio José Coelho, acima citado. Cf. Livro de Casamentos de Messejana, familysearch.org.

 

                

        Cf. Jornal do Ceará.15.07.1910.

  

FESTAS  DO  EUZEBIO – Julho, 1910. Conforme o original, Jornal do Ceará.

 “Escrevem-nos:

Na próxima 5ª feira 21 do corrente, começarão os tradicionaes festejos da Senhora Sant' Anna,  dando-se  nesse mesmo  dia,  o  levantamento  da bandeira.

Espera  se  que  a  festa  deste anno  ultrapasse  ás  dos  anteriores,  taes  os  esforços  que  a digna  commissão  está  envidando  nesse  sentido.

A  referida  commissão  é  composta  das  seguintes pessoas cujo  nome  é  bastante para  qne se  preveja  o  esplendor  extraordinario  dos  festejos  deste  anno.

COMMISSÃO

Cicero Sá, Ivo Façanha, Antônio Ottoni Correia de Sá, Joaquim Sá, João Aleixo de Sá, Lourenço Sá, Honorio  de Abreu, Augusto  Sá;  senhoritas:  Francisca  Sá, Maria Machado, Anna  Sá, Bellinha Abreu,  Francisca  Motta  de Sá, Theophila de Araújo Amora, Corina Amora de Pontes, Januaria Façanha de Sá, Maria de Lourdes Amora, Laura D. Amora”.

 FESTAS  DO  EUZEBIO – Julho, 1910.

Escrevem-nos  do  Eusébio: 

“Têm  corrido  com  muito  animação as  novenas  da  Senhora Sant’Anna,  padroeira  deste  povoado.

Comparecem  diariamente  innumeras  pessoas  das  circumvizinhanças,  além  de  outras  varias  que  aqui  permanecem durante os festejos.

Para que o pessôal adventicio seja mais bem servido, acaba  de  ser  aberta  uma  pensão decente  e  com  optimo  cozinheiro vindo da capital”. 

FESTAS  DO  EUZEBIO – Julho, 1911.

“Mandam dizer-nos do Euzebio que reina o maior enthusiasmo e animação para as  festas  da  Senhora  Sant' Anna,  que terão  inicio  no  sabbado proximo.  Tem  chegado gente  de varias  partes e o  sympathico  logarejo está todo engalonado, com uma apparencia festiva de metter desejos de se chegar até lá. A  animação  vae ser extraordinária, uma cousa empolgante como nunca foi  nos  annos anteriores,  achando-se já preparada a  estrada  para  receber  uma  visita  de varios  automóveis  que irão  desta  capital.

A nossa fina  rapazeada  deverá  ir participar  dessas  tão  apregoadas  Delicias,  que  dizem  de  lá,  é  melhor  experimentar  que  julgar”.

Cf. Jornal do Ceará. ANO VII. Nº 1220. 20.07.1910 - ANO VII. Nº 1223. 27.07.1910 e ANO VIII. Nº 1374. 19.07.1911. Cf. Hemeroteca Digital Biblioteca Nacional, RJ.

 ¹ Carlos Eduardo de Almeida Barata e Antônio Henrique da Cunha Bueno. Dicionário das Famílias Brasileiras. Ed. Ibero-America. Rio de Janeiro. 2000. Vol. II. p. 1854.  Informa errado o ano de nascimento do Eusébio de Queiroz.

² Raimundo Girão. A Abolição do Ceará. Ed. Batista Fontenele. Fortaleza. p. 14. 1956. Raimundo Girão. Os Municípios Cearenses e seus Distritos. SUDEC. Fortaleza. 1983. p. 276.

³ Álvaro Gurgel de Alencar. Diccionario Geographico Histórico e Descriptivo do Estado do Ceará. Editor Louis C. Cholowieçki. Typographia Moderna a Vapor. Rua Formoza. Ceará. 1903. p. 134.  - R. Batista Aragão. Cronologia dos Municípios Cearenses. S. Ed. Fortaleza.1996. p. 78.

Manoel Pinto Barbalho, filho de José Lopes Barbalho e de Brígida Pinto Soares. Neto paterno de João Lopes Barbalho e de Vicência Ferreira. Neto materno de Antônio Soares e de Natália da Silva, naturais do Ceará. Manoel Pinto Barbalho casou-se a 04 de julho de 1762, na Igreja Matriz da Vila da Fortaleza, em presença do Padre Francisco Jorge, e das testemunhas, Manoel Lopes Cabreira e Manoel Rodrigues Magalhães, com Maria da Rocha de Oliveira, filha de Teodósio da Rocha Oliveira, filho de Feliciano de Oliveira e de Maria Franco, casou-se a 20 de junho de 1726, na Aldeia de Parneramirim, Parnamirim, (dos índios Tremembés), atual Eusébio, Ceará, com Antônia Ferreira de Paiva, filha de João de Paiva e de Paula Tavares, naturais do Ceará. Presentes, o Missionário, Padre Antônio Farinha Preto, as testemunhas, o Sargento Mor Bartolomeu Teixeira, Francisco de Oliveira, Marcelina de Paiva e Andresa Batista. Cf. Livro de Matrimônios, Ceará, familysearch.org.

 

 

Rio Coassú, Eusébio. Fonte foto: Otávio A. Justa, brasilianafotografica.bn. 

 

Fonte: Francisco Augusto de Araújo Lima. Siará Grande - Uma Província Portuguesa no Nordeste Oriental do Brasil. Editora Expressão Gráfica, Fortaleza, 2016. Quatro Volumes. 2300 p. Editado por Fco. Augusto. Tupancy, Eusébio, 07.01.2019. Atualizado, 06.07.2022.

 genealogia@familiascearenses.com.br  faal.ww@gmail.com