Famílias Cearenses & Francisco Augusto de Araújo Lima.
Bairro das Damas
Por Francisco Augusto de Araújo Lima. Sítio Bom Sucesso, Guaramiranga, Serra de Baturité. Editado a 17 de maio de 2019. genealogia@familiascearenses.com.br faal.ww@gmail.com Atualizado, Fortaleza, 23.07.2020. Grato revisão realizada primo Miguel Macedo (Miguel Augusto Macedo de Araújo Lima).
Damas: Arrabalde da Capital, já no município de Porangaba; tem uma cadeira mixta. Cf. Álvaro Gurgel de Alencar. Dicionário Geográfico Histórico Descritivo. Estado do Ceará. Ceará. Louis Cholowiecki. Tipographia Moderna a Vapor. Atelie rs Louis. 71 Rua Formoza, 71. 1ª Edição. 1903. p. 121.
Damas: Arrabalde da Capital, mui próximo de Porangaba; tem uma cadeira mixta. Cf. Álvaro Gurgel de Alencar. Dicionário Geográfico Histórico e Descritivo. Tipografia Minerva. Assis Bezerra. Fortaleza - Ceará. 2ª Edição, 1939. p. 140.
Segundo o escritor Eduardo Campos, o nome Damas, vem do “bloco de terra que, em trabalhos de terraplenagem manual, se deixa verticalmente intato no local do corte, como testemunho da altura original do terreno, para facilitar a posterior cubagem do material escavado.”Uma árvore encima “a escultura” e como a base é mais larga e o alto mais estreito, lembra uma DAMA de saia rodada. Damas, assim chamavam os trabalhadores á testemunha que ficava por bom tempo como prova do ‘corte’ executado. Existiam muitas “damas” na estrada da Parangaba, na altura do nº 5521, notadamente no lado da sombra bem mais alto que ficou que o lado do sol. Versão aceita. Cf. Eduardo Campos, Diário do Nordeste, domingo - 1987.
Outras versões explicativas da origem do topônimo DAMAS.
Mulher Dama, o mesmo que prostituta. A Lagoa pode ser a origem do nome Damas? Lagoa das Damas.
Damas, antigo Sítio da família Almeida e Castro, vendido aos Façanha, que ia da Estrada da Parangaba a Estrada do Gado, (Av. 14 de Julho, atual Av. Gomes de Matos, a partir de 09.07.1968). E para o poente da citada Estrada da Parangaba, até o limite do Barro Vermelho, (Bairro de Antônio Bezerra), confinando ao norte com o Sítio Coqueirinho, atual Bairro da Parquelândia. O Sítio Damas na sua maior parte comprado pelo investidor Manoel Sátiro, dono de mais de 500 ha de terra nobre, em estratégicos lugares na cidade de Fortaleza. Estrada do Gado a segunda com esta denominação em Fortaleza. O Dr. César Cals de Oliveira, proprietário do Matadouro Modelo, desapropriado pelo Dr. Fernandes Távora. O matadouro antigo era no São Sebastião (Otávio Bonfim), e para lá rumava à primeira estrada do gado.
Acima, a primitiva Estação Ferroviária do Km 8 - Couto Fernandes (Inaugurada à 1° de agosto de 1940), semelhante a do Álvaro Weyne (à direita). Ao nascente da Estação do Km 8, o sobrado do Sr. Antônio Benício Neto. Ao poente, casa do Agente da Estação, Sr. Raimundo, pai de numerosos filhos, (entre outros, Maurício, Gotardo, Célia), seguida do Campo do Ferro-carril Futebol Clube e de Armazéns da R.V.C / R.F.F.S.A. Antes da existência da Estação Km 8, havia mais ao norte, uma Parada, do então chamado trem do Mondubim, para rápida descida e subida de passageiros das Damas. Diariamente saía trem de Fortaleza para Mondubim ás 11 h, 13.50 h, 17.30 h e às 21 h que pernoitava e no dia seguinte fazia o mesmo trecho - invertido = Mondubim / Fortaleza - às 6.00 h, 12 h, 16 h e 19 h. O Diário Oficial do Município de Fortaleza, n° 969 publica entre outras a Lei municipal 1.066, de 03 de agosto de 1955, que denomina de Couto Fernandes o Bairro conhecido por Quilômetro Oito em virtude da Estação Ferroviária ficar em local distante oito quilômetros da Estação Central João Felipe. (Na realidade são sete quilômetros, 166 metros e não oito km). Fonte foto. Estações Ferroviárias do Estado do Ceará.
Dr. Henrique Eduardo Couto Fernandes. Fonte foto. Jornal A Luta, Fortaleza.1917.
A Estação Ferroviária do Km 8, inaugurada a 1º de agosto de 1940, foi depois denominada Estação Couto Fernandes, (Henrique Eduardo Couto Fernandes), Eng.º Chefe da R.V.C. '1915/1921'. O Km 8 na verdade é o Km 7, - 7.166 m da Estação Central, João Felipe, marco zero da linha Sul da R.V.C.
Dona Antônia Couto Fernandes nasceu a 20 de novembro 1856, no Maranhão, filha de José Moreira de Souza e de Fausta Maria da Silva Couto, Fausta Maria de Couto Souza. Antônia casou-se no ano de 1870, em São Luís, MA, com Francisco Fernandes Júnior, empregado no comércio, empregado na repartição de melhoramento do porto (MA), Fiscal do Imposto de Consumo. O Sr. Francisco nasceu aos 18 de abril de 1848, em Portugal, e faleceu às 22 horas do dia 25 de maio de 1930, em Petrópolis, RJ. Morou com sua esposa e filhos, em São Luís, na Rua Grande, n° 22, na Rua do Sol, n° 26. Rua dos Craveiros, n° 20, Rua dos Remédios, n° 02, Rua Nova, n° 13. Foi residir no Rio de Janeiro, aos 28 de julho 1904, viajando com familiares, no Vapor Alagoas. Dona Antônia da Silva do Couto Fernandes, Diretora do Colégio Nossa Senhora da Vitória, Rua do Sol, n° 54, São Luís, falecida em Petrópolis, aos 13 de março de 1941.
Irmãos de Antônia Couto de Souza Fernandes:
1. Dona Maria Raimunda Couto de Souza que se casou a 19.09.1903, com Bernardino R. de Paiva.
2. Dona Eliza Couto de Souza.
3. Dona Maria das neves Couto de Souza, falecida no mês de julho de 1932, em São Luís, MA.
4. Ana Júlia Couto de Souza c.c. José da Silva Couto.
5. José Couto de Souza Almoxarife da Empresa de Bondes, Nina, casado a 06.06.1903, com Luíza Ferreira Rabelo, filha de Luíza Faria Rabelo e de Joaquim Ferreira Rabelo, falecido no mês de abril de 1911.
6. Fausta Couto de Souza c.c. Antônio da Costa Lopes Júnior, ela falecida no mês de dezembro de 1912.
7. Manoel Sebastião Couto de Souza casou-se com Rosa Teixeira Balga, filha de Antônio de Castro Balga, aos 23 de setembro de 1922, São Luís, MA. Cf. Jornal Pacotilha, Maranhão, 19.09. 1903 e outros jornais maranhenses. Cf. Livro de Matrimônios, Maranhão. familysrearch.org.
O Sr. Francisco Fernandes Júnior e D. Antônia, pais de 1.-9.
1. Lisbella Couto Fernandes nasceu em São Luís, Maranhão, e casou-se a 12 de fevereiro de 1919, na Igreja Matriz de Fortaleza, com Hildeberto Valente Ramos, n. Fortaleza, filho de Francisco José de Freitas Ramos e de Adelaide Valente Ramos. Presentes, o Padre José Alves Quinderé, as testemunhas, o Coronel Jose Amaro Coelho, representado pelo Dr. Odilon Amorim Garcia, o Dr. Justiniano Serpa, representado por João Silva, o Dr. Henrique Eduardo do Couto Fernandes e sua esposa Zuleide Abigail dos Santos Fernandes. Lisbella e Hildeberto, pais de:
1.1. Maria do Carmo nasceu a 19 de dezembro de 1922 e foi batizada aos seis de fevereiro, de 1923, pelo Padre Geminiano Bezerra de Menezes. Padrinhos, o Dr. Alberto Couto Fernandes e Dona Antônia Couto Fernandes. Extraído para casar a 23 de março de 1950.
O Dr. Hildeberto Valente Ramos Secretário da R.V.C., funcionário dos Correios e Telégrafos, Fortaleza. Membro da diretoria da Associação Cearense de Imprensa, 1937. Oficial Administrativo do Tribunal de Contas (da União), Ceará, 1938. O Dr. Hildeberto era sobrinho do Sr. Francisco de Lima Valente, c.c. Minuza Jataí Pedreira, Sub Inspetor da Stand Oil, falecido a 10.02.1938, Rio de Janeiro; sobrinho ainda da Senhora Marieta Valente Quinderé c.c. João Quinderé; da Senhora Adelaide Valente Ramos e do Sr. Manoel Valente, funcionário da Prefeitura Municipal de Fortaleza. Cf. Jornal A Razão, Fortaleza, 16.02.1938.
Cf. Jornal Correio Da Manhã, RJ. 21.01.1951.
2. Alberto Couto Fernandes nasceu a 23 de outubro de 1871, no Maranhão, e faleceu 21 de abril de 1943, RJ. Viajou para o Rio de Janeiro, aos 08 de fevereiro de 1889, para cursar a Escola Militar e Engenharia. Casou-se a 03 de março de 1895, com Lisbella Perdigão, filha do Sr. Francisco João Vellez Perdigão, aposentado da Estrada de Ferro Central do Brasil e falecido a 20.01.1917 e filho de Luzia A. Vellez Perdigão, falecida a 28 de abril de 1903, São Luís. Lisbella L. Perdigão, viúva do Eng. Alberto Couto Fernandes, faleceu a 31 de agosto de 1952, RJ.
3. Francisco Couto Fernandes nasceu a 14 de fevereiro ou 20 de novembro de do ano de 1883, São Luís, MA, e casou-se a 27 de janeiro de 1906, com Maria Dias, n. 1886, filha de Joaquim Francisco Ferreira Dias e de Cândida Rosa Machado Dias. Francisco, comerciante, telegrafista, graduado em Farmácia, Juiz de Fora, MG, 1919, Deputado Estadual, Maranhão. Filhos 3.1.-3.7.
3.1. Yacira Dias Fernandes nasceu a 11 de março de 1911.
3.2. José Joaquim nasceu a 26 de setembro de 1913.
3.3. Lenir Dias Fernandes, 04 de março, Benedito n. 11 de julho.
3.4. José de Carvalho Fernandes n. 07 de setembro.
3.5. Maria de Lourdes, n. 20 de setembro.
3.6. Francisco Paulo, n. 02 de janeiro.
3.7. Vicente de Paulo de Carvalho Fernandes, 01 de janeiro.
Um Francisco Couto Fernandes faleceu a 31 de outubro de 1944, em São Luís, MA. Era c.c. Raimunda de Carvalho Fernandes.
4. Carlos Couto Fernandes nasceu 02 de maio de 1896.
5. José Couto Fernandes nasceu no ano de 1879, São Luís, MA, sócio da mercearia e padaria Miragem, Rua Santo Antônio, nº 37, São Luís, ano de 1903, Inspetor dos Telégrafos. Casou-se na Igreja de Santo Antônio, às 19 horas, de 22 de outubro de 1908, com Esmeralda Perdigão Ramos, n. 1886, filha do Coronel Joaquim de Souza Ramos e de Francisca Luíza Perdigão Ramos. Presentes, o Monsenhor Vicente Ferreira Galvão, as testemunhas, o Major Jose Ribeiro do Amaral e o Coronel Joaquim de Souza Ramos.
6. Afonso Henrique Couto Fernandes, graduado em Odontologia, RJ, 1911. Casou-se se a 19 de maio de 1900, São Luís, MA. com Francisca Augusta dos Santos, filha do Deputado Augusto Alves dos Santos (falecido a 08 de janeiro de 1927, na Bahia) e de D. Jesuína Rosa dos Santos, falecida às 06 horas da manhã, do dia 24 de fevereiro de 1904, na cidade de Belém. Padrinhos, por parte do noivo, o Sr. Francisco Fernandes Júnior e sua esposa, Custódio Gonçalves Belchior, Frederico Gonçalves Machado e por parte da noiva o Dr. Felicíssimo Rodrigues e sua esposa, Luís Alves dos Santos e Dona Julieta Fernandes dos Santos.
7. Maria José do Couto Fernandes casou-se a 28 de julho de 1894, de noite, na Capela dos Navegantes, Igreja de Santo Antônio, São Luís, com Francisco Barros da Silva, em presença do Padre Fábio José da Costa, e das testemunhas, Alfredo Nicolau dos Santos, o Dr. Tarquínio Lopes. Francisco Barros da Silva, comerciante, faleceu a 07 de setembro de 1912, em Manaus, AM.
8. Adelaide do Couto Fernandes nasceu a 28 de janeiro. São Luís, MA, e casou-se com Francisco de Oliveira.
9. Eng. Henrique Eduardo Couto Fernandes, Engenheiro no ano de 1895, Rio de Janeiro. Presidente do Club dos Diários, Fortaleza. Primeiro Diretor da Escola de Agronomia do Ceará, 1918/1920.
O Engenheiro Henrique Eduardo Couto Fernandes nasceu aos 28 de julho de <1873>, em São Luís, Maranhão, filho de Francisco Fernandes Júnior e de Antônia do Couto Fernandes. O Dr. Henrique Eduardo casou-se a 23 de janeiro de 1897, na Capela de São José das Laranjeiras, São Luís, MA, com Zuleide Abigail dos Santos nasceu a 20 de julho, filha do Sr. Augusto Alves dos Santos e de D. Jesuína Rosa dos Santos. Presentes o Monsenhor Mourão e as testemunhas, José Maria de Freitas e Vasconcelos, e o Dr. José Rodrigues Fernandes. Aposentado a 03 de fevereiro de 1935, como Chefe do Distrito da Inspetoria Federal de Estradas. Aos 09 de junho de 1903, faleceu em São Luís, Clóvis, 18 meses, filho do Dr. Henrique Eduardo Couto Fernandes. O Eng. Couto Fernandes faleceu no dia 29 de dezembro de 1954, na cidade do Rio de Janeiro, deixando Dona Zuleide, viúva, uma nora, netos, e foi sepultado no cemitério de São João Batista. Cf. Livro de Matrimônios, Fortaleza. Cf. Livro de Batismos, Fortaleza. familysearch.org.
A Estação da R.V.C. Km 8, permitiu comodidade na ligação Damas / Fortaleza e Damas / Parangaba. Antes de 1940 com certeza havia uma parada do trem para descer / subir passageiros no Km 8. Estrada da Parangaba, Av. Washington Luís, {25.06.1930} Avenida João Pessoa, a Avenida da Morte, { concretada a 21.10.1930} Av. Capistrano de Abreu {A 21.06.1975} ... Lagoa das Damas ... Avenida pavimentada, acostamento era de pedra bruta. Carroças d’água da Pirocaia sem sinalização.
Jornal A Razão. Ceará, 13.06.1937. Com Vistas ao Senhor Diretor da R.V.C. Parada de Trem do Mondubim, nas Damas.
Teoria Damas & Colégio Santa Cecília. Jornal Diário do Nordeste citando o Nirez, Miguel Ângelo de Azevedo para Damas ... http://plus. diariodonordeste.com.br/aniversario-de-fortaleza/
Ginásio / Colégio Santa Cecília, das Irmãs Damas da Instrução Cristã, BENFICA. Irmandade iniciada em Recife Pernambuco. Ginásio Santa Cecília. Fundado 1911, pela Senhora Almerinda Albuquerque. Av. Visconde de Cauípe, = Av. da Universidade. 1938 já era das Irmãs Damas da Instrução Cristã. Desapropriado pela UFC 1959, se mudam para a Av. EE.UU, atual Virgílio Távora Aldeota. (Observação válida:o topônimo Aldeota é citado por Adolfo Caminha no seu romance A Normalista, 1893, portanto existe anterior a esta data. O Bairro Damas DOCUMENTADO desde 1862.
Em Fortaleza, Ceará, as Irmãs Damas chegaram no início do ano de 1952. Um grupo de sete religiosas, tendo à frente Me. Bernadete, veio à capital do Estado para continuar o trabalho de educação da juventude cearense, iniciado em 1911 por Dona Almerinda Albuquerque. Até 1960, o Colégio Santa Cecília funcionou no Benfica e, a partir de 1961, faz a caminhada educativa no bairro Aldeota.
No ano de 2011, o Colégio Santa Cecília celebrou os 100 anos de fundação (considerando o período pertencente a D. Almerinda Albuquerque). Foi um tempo de festa, de encontros, de expressões sensíveis de apreço, de carinho e de amizade. Momento de renovação e de apontar para o futuro com toda a bagagem recebida, a energia e a força que vêm de objetivos claros e confiança na missão. Alunos, ex-alunos, educadores, pais e religiosas celebraram a própria vida. Num ato simbólico, abraçaram a Escola, num gesto caloroso e protetor da educação de qualidade e de valor. O Santa Cecília se renova para construir a cada dia a identidade de educadores Damas. Profissionais que preparam jovens para enfrentar os desafios da sociedade moderna, incentivando-os a reconstruí-la à luz dos valores cristãos. http://www.santacecilia.com.br/nossa-historia
Foi em 15 de agosto de 1815 que Inês Margarida recebeu o nome de Agathe. Ela foi à fundadora do Instituto das Damas da Instrução Cristã na Bélgica. As primeiras religiosas chegaram ao Brasil em 15 de outubro de 1896. Nada com o nome Damas – Bairro de Fortaleza. As pioneiras no Recife, co - fundadoras da instituição religiosa Damas da Instrução Cristã, Ana Cavalcante de Miranda Henriques e Maria Cavalcante de Miranda Henriques, nascidas na Vila do Icó e filhas de Raimundo de Araújo Lima e de Manoela Cavalcante de Miranda Henriques. {Ascendentes dos Araújo Lima - da Quixabinha, Mauriti, Cariri cearense.) Netas paternas de Manoel da Cunha Silva e de Clara Tavares Benevides. Netas maternas de Pedro Manoel Duarte Gondim, Tabelião Proprietário do Cartório da Ouvidoria do Crato, e de Ana Cavalcante de Miranda Henriques. Dona Ana no inventário do seu pai foi seu procurador o Padre Antônio José Duarte de Azevedo Gondim. Neta materna de Félix Francisco Correia de Barros, falecido a 12 de janeiro de 1810, Recife, e de Maria Joaquina de Miranda Henriques. Pedro Manoel Duarte Gondim nasceu na Freguesia de Santo Antônio do Recife, filho de João Bernardo de Lima Gondim e de Dona Manoela de Santa Ana de Araújo Gondim. Pedro Manoel Duarte Gondim, (e não Manoel Pedro Duarte Gondim como por engano foi divulgado) casou-se aos dezessete dias do mês de outubro de 1808, pelas seis horas da tarde, no Oratório particular dos pais da nubente, Freguesia do Sacramento do Bairro de Santo Antônio do Recife, com Maria Joaquina de Miranda Henriques, natural da Freguesia da Sé, filha de Félix Francisco Correia de Barros e de Maria Joaquina de Miranda Henriques. Presentes a cerimônia religiosa de casamento o Cônego Manoel Vieira de Lemos, as testemunhas, o Reverendíssimo Deão Manoel Xavier Carneiro da Cunha e José Pereira de Lima Gondim. Cf. Livro de Matrimônios, Recife. DSCF7507.
Ao Publico
DAMAS - Coqueirinho
“A proposito de uma questão de limites de terras entre mim e o sr. João Barbosa Lima, sahiu n'«A Republica», de hontem, a seguinte:
Declaração
O abaixo assignado declara e faz publico ter vendido ao sr. João Barbosa Lima não parte, mas todas as terras do sitio Coqueirinho, havidas por herança de sua mulher d. Luiza da Cunha Studart, com as extremas antigas e conhecidas. (Dona Luiza, viúva de José Correia Sombra e filha de Severiano Ribeiro da Cunha, Visconde de Cauípe).
Ceará, 17 de Agosto de 1910 Barão de Studart
Sobre o mesmo assumpto veja o púbico a carta abaixo que a 23 de junho passado dirigi ao exmo. sr. Barão de Studart e sua resposta transcripta fielmente:
« Damas, 23 de Junho de 1910».
Exmo. Amo. Sr. Barão de Studart”
“Cordeaes saudações.
Peço a V. Exc. se digne de por especial obsequio responder me ao pé desta o seguinte:
1o Si o sitio no logar Tauhape que V. Exc. vendeu ao sr. João Barbosa Lima, estava todo cercado ou si tinha terras por cercar do lado do poente;
2o Si a extrema pelo lado do poente é o vallado que margeia a estrada actual de Pacatuba e se no referido vallado existia a porteira que dava entrada ao sitio de que se trata.
Permitta-me V. Exc. fazer da sua resposta o uso que me convier.
(Assignado)
“Resposta :
Amº Sr.
Cumprimentos.
Em resposta á sua carta de hontem tenho a dizer-lhe, reportando-me a Cousas do sitio «Coqueirinho», onde raras vezes fui, que tanto quanto sei a respeito elle NAO TINHA TERRAS POR CERCAR DO LADO DO POENTE e que para eu lá ir tomava a Estrada chamada de Pacatuba, de todos mui conhecida e penetrava pela porteira existente junto ao vallado, que margeia a dita Estrada.
Pode fazer desta resposta o uso que bem lhe aprouver.
Fortaleza 24 de Junho de 1910.
(Assignado)Barão de Studart”
“As terras em questão cujas cercas foram abaixo uma vez e que de novo estou levantando, as quaes pretende o sr. João Barbosa Lima, são todas pertencentes ao meu sitio, DO LADO DO POENTE DO SITIO COQUEIRINHO, QUE NÃO TEM TERRAS POR CERCAR DESSE LADO como affirma seu ex proprietário o exmo. sr. Barão de Studart e deve constar da respectiva escriptura.
«A estrada chamada de Pacatuba, de todos muí conhecida», separa os dois sitios, ficando o «Coqueirinho» ao nascente e as terras do meu poder ao poente.
Eis a que fica reduzida a questão do sr. João Barbosa Lima commigo.
Sindulpho Chave” Jornal do Ceará. ANO VIII. Nº 1236. 26.08.1910
O Sítio Coqueirinho é hoje (2011) constitui quase na íntegra o Bairro da Parquelândia. O Sítio Damas, parte continua como Bairro Damas e parte é Bela Vista, com sobras do Coqueirinho. Um terceiro Sítio o dito lugar Tauape, desapareceu como topônimo, restando bem ao nascente São João do Tauape, e o Riacho Tauape, drenado pelo chamado Canal, limite entre Fortaleza e Parangaba, na altura do Campo do Ceará Sporting Club, Porangabussú. A Estrada chamada de Pacatuba, não mais existe, passou a ser chamada de Estrada do Gado, (a Antiga), Rua Dr. Justiniano de Serpa, hoje (2011) é a Av. José Bastos. Os três Sítios, vizinhos, começavam ao nascente, na Estrada do Gado, (A Nova), Av. Gomes de Matos, Montese, e rumavam ao poente até quase o Barro Vermelho, Bairro de Antônio Bezerra. O vizinho do Tauape, para o norte, era o Sítio Porangabussu, Bairro Rodolfo Teófilo.
Jornal O Cearense. 19.05.1868. Fundição Cearense. Spear & Marsden. Os proprietários deste estabelecimento reconhecendo a falta de uma fundição nesta Província tem aberto a sua fábrica de mecanismo a vapor e fundição de ferro e outros metais, na Estrada empedrada de Arronches em meio caminho do Sítio Benfica.
Jornal O Cearense. 08.07.1869. Atenção. Vendem-se as casas onde funcionava a - Fundição Cearense - assim como a casinha de taipa e telha contígua, sobre um terreno de 80 palmos de frente, tudo na Estrada empedrada de Arronches, fundos para a antiga estrada de Maranguape (a ANTIGA, corresponde a atual Rua Marechal Deodoro, (Cachorra Magra), Rua da Amélia, Senador Pompeu, 14 de Julho, Gomes de Matos); neste terreno já existem 150 palmos de alicerce. Quem pretender pode informa-se à Praça do Quartel, Sobrado n° 1.
Jornal O Cearense. 28.08.1869. Atenção. Vende-se 2.800 palmos de terreno na Estrada da Pacatuba (dentro dos limites da planta da cidade) fundos correspondentes aos terrenos da Estrada empedrada de Arronches; estremando pelo Norte com Manoel Antônio da Rocha Lima Júnior, pelo sul com H. Kalkmann e pelo nascente com os herdeiro do Coronel Machado. Avisa-se a todas as pessoas que compraram lotes de terreno na Estrada empedrada de Arronches (hoje Av. João Pessoa) que terão preferência nos lotes correspondentes aos que lhes pertencem. Tem o referido terreno muito fundo indo além da Estrada da Pacatuba onde passa o pico divisório. Vende-se 2$000 por palmo. Muito em breve terá de passar o trilho de ferro (R.V.C.) por este terreno em toda a sua extensão, o que fará quadruplicar de valor. Obs. A Estrada da Pacatuba atual Avenida José Bastos, iniciava na Estrada de Uruburetama, depois Estrada da Caucaia, Soure, depois Av. Bezerra de Menezes, com a denominação de Estrada do Gado, (a Antiga), Rua Dr. Justiniano Serpa, Av. José Bastos. 1922 surgiu Estação Km3, depois Estação do Matadouro, e em seguida Estação Otávio Bonfim. A Estrada da Pacatuba atravessava o Sítio Coqueirinho, atual Bairro da Parquelândia, rumo a Serra da Aratanha, Serra da Pacatuba, Cordão Central do Ceará. Ver José Liberal de Castro. A localização da chácara da Villa Izabel propriedade do livreiro Gualter da Silva. RIC, 2004, p. 97. No excelente trabalho do Professor Liberal de Castro, trata da Estrada da Pacatuba e da Estrada de Maranguape, provável ser a referência a NOVA Estrada de Maranguape e não a ANTIGA.