Famílias Cearenses & Francisco Augusto de Araújo Lima.
Joaquim Lobo de Macedo, Joaryvar Macedo nasceu no dia vinte de maio de 1937, no Sítio Calabaça, Lavras da Mangabeira, Ceará, e faleceu em Fortaleza, a 29 de janeiro de 1991. Filho de Antônio Lobo de Macedo e de sua segunda esposa Maria Torquato Gonçalves, n. 29.12.1913, Aurora, Ceará. Neto paterno de Joaquim Lobo de Macedo e de Maria Joaquina da Cruz. Neto materno de José (Torquato) Gonçalves de Oliveira Júnior e de Júlia Umbelina Gonçalves. Obs.: Por engano o avô materno é citado como José Torquato Ferreira Júnior, e sua filha Maria Torquato Gonçalves, como nascida a 13 de dezembro e não a vinte nove como consta do seu termo de batismo. Joaryvar casou-se a 30 de março de 1967, com Antônia Saraiva de Macedo, Rosalba, n. Várzea Alegre, filha de Vicente Primo Sobrinho e de Maria Luíza Saraiva.
Joaryvar Macedo. Fonte foto: Wikipédia.
Termo de batismo de Joaryvar Macedo. “Joaquim nasceu a 21 (vinte e um) de maio de 1937, em Lavras da Mangabeira, Ceará, filho legítimo de Antônio Lobo de Macedo e de Maria Torquato de Macedo. Foi batizado a 27 de maio do mesmo ano, sendo seus padrinhos, José Zito de Macedo e Maria Joaquina de Macedo”. Obs. Joaryvar admitia ter nascido a 20 de maio e assim deve ser considerado. Cf. Livro de Batismos de Lavras da Mangabeira.
Termo de batismo de Antônio Lobo de Macedo pai de Joaryvar Macedo.
“Aos doze de agosto de 1888, nesta Matriz (de Lavras da Mangabeira) batizei solenemente a Antônio, filho legítimo de Joaquim Lobo de Macedo e Joaquina de Macedo, nascido a vinte e nove de julho do dito ano, sendo padrinhos, José Joaquim de Maria Lobo e Mariana Alves Bezerra de Macedo. E para constar fiz este assento e assinei. O Vigário Miceno Clodoaldo Linhares.” Cf. Livro de Batismos de Lavras da Mangabeira. familysearch.org.
Termo de batismo de Maria Torquato Gonçalves, mãe de Joaryvar Macedo.
“Aos vinte e três de janeiro de 1914, na Igreja Paroquial de Aurora, Bispado do Ceará, batizei solenemente a Maria, nascida a 29 (vinte e nove) de dezembro de 1913, filha legítima de José Gonçalves de Oliveira Júnior e de Júlia Umbelina Gonçalves. Padrinhos: Félix Ferreira da Silva e Bárbara Maria de Macedo. E para constar lavrei este termo e assino. O Vigário Padre Vicente Augusto Bezerra.” Cf. Livro de Batismos, Aurora. familysearch.org.
Termo do primeiro casamento de Antônio Lobo de Macedo pai de Joaryvar Macedo.
“Aos vinte e quatro dias do mês de setembro de 1914, pelas seis horas da tarde, em casa particular no Sítio Junco desta Freguesia de Lavras por especial autorização, de minha licença, compareceram em presença do Reverendo Joviniano Barreto, os contraentes Antônio Lobo de Macedo e Maria de Aquino Furtado em tudo habilitado segundo o direito, e dispensados do terceiro grau simples atingente ao segundo e quarto simples, atingente ao terceiro de consanguinidade lateral, solteiros, ele de vinte e seis anos de idade (filho de Joaquim Lobo de Macedo e de Maria Joaquina da Cruz), e ela de dezoito anos, (filha de Antônio Furtado de Menezes e de Maria Guilhermina de Aquino), naturais, batizados e moradores nesta Freguesia (das Lavras da Mangabeira) os quais contraentes se receberam por marido e mulher com palavras de presente e logo lhes dei as bênçãos nupciais segundo o Rito da Santa Igreja Católica, sendo testemunhas presentes, João Lobo de Macedo e Luís Ferreira Ferrer, que conheço pelos próprios. E para constar fiz este assento e assinei. O Vigário Miceno Clodoaldo Linhares.” Cf. Livro de Matrimônios, Lavras da Mangabeira. Antônio Lobo de Macedo faleceu no dia 20 de abril de 1960, em Lavras da Mangabeira, encomendado pelo Padre Alzir Ferreira Sampaio, e sepultado no mesmo dia. Cf. Livro de Óbitos, Lavras da Mangabeira. familysearch.org.
Antônio Lobo de Macedo foi testemunha: no casamento realizado no dia quinze de outubro de 1914, pelas duas horas da tarde, na Igreja Paroquial da cidade de Lavras, de sua prima e cunhada Joana Furtado de Menezes com Pedro Saraiva da Cruz, dispensados no parentesco. Ainda testemunha no casamento de Augusto Lobo de Macedo com Maria Furtado Leite, dispensados no parentesco, a 18 de novembro de 1914, pelas três horas da tarde, em casa particular no Sítio do Poço, Freguesia de Lavras.
A vinte e dois de novembro de 1933, às quatro horas da tarde, no Sítio Junco, Freguesia de Lavras da Mangabeira, Bispado do Crato, aconteceu o casamento do tio materno de Joaryvar, Antônio Furtado de Menezes, filho de Antônio Furtado de Menezes e de Maria Guilhermina de Aquino, com Maria Lina Furtado, filha de Pedro Furtado de Menezes e de Lina Furtado de Menezes.
Aos trinta dias do mês de outubro de 1934, no Sítio Calabaço, o Padre Raimundo Augusto Bezerra, presidiu a cerimônia religiosa de casamento de Otacílio Pinto de Macedo, filho de Cleóbulo Pinto da Costa e de Maria Pinto de Macedo, dispensado no parentesco, com Maria Alcides de Macedo (irmã consanguínea de Joaryvar) e filha de Antônio Lobo de Macedo e de sua primeira mulher Maria Aquino de Macedo. Os casamentos realizados em sítios, com a antecipada licença do Vigário, demonstra que a família usufruía de prestígio.
Ponte de 40 m sobre o Riacho do Rosário. Km 493, trecho entre Lavras da Mangabeira e Aurora. 07.09.1920. Fonte Foto: brasilianafotografia.bn.br
Joaryvar Macedo autor de muitos trabalhos publicados sobre a História e a Genealogia do Cariri cearense. Destaque: A Estirpe de Santa Teresa, IU. UFC, Fortaleza, 1976, 1224 p. e Povoamento e Povoadores do Cariri Cearense, Secretaria de Cultura e Desportos, IOCE, Fortaleza, 1985, 275 p.
No primeiro trabalho - também conhecido como Os Terésios, - Joaryvar utiliza a tradição oral como fonte básica e com segurança segue sem as datas por páginas e páginas, em um trabalho digno de todo louvor e notadamente pelas ferramentas que dispunha a época. Elaborar uma numerosa descendência sem datas requer muita concentração, poder de organização é algo bem difícil de ser feito e ele o fez com sucesso. O seu desejo de servir, de despertar nos parentes e na gente caririense o amor a genealogia obteve êxito pela aceitação da obra e por partindo dos Terésios, haver gerado inúmeros outros trabalhos genealógicos. O Padre Antônio Teodósio Nunes foi testemunha do trabalho de Joaryvar, em veículo cedido pela Prefeitura Municipal de Missão Velha a visitar famílias, de casa e casa, entrevistando e depois confrontando as informações para fazer melhor juízo. Trabalho de quem ama a sua gente e a sua terra. No Povoamento e Povoadores, Joaryvar usa a sua excelente leitura paleográfica e salva muitos termos que com certeza leu pela última vez e passou para a posteridade com a segurança que seu trabalho oferece. Joaryvar demonstra equilíbrio, espírito de proporção, bairrismo zero, escrevendo sem ódio, sem preconceito, imparcial, buscando a verdade, embora ela pudesse ferir suscetibilidades de poderosos. Observação interessante: no Povoamento, Joaryvar adota um sistema de índice fora do comum, voltado para quem quer pesquisar nos livros eclesiais. Os mais apressados podem até criticar o autor pela forma inusitada do índice, mas quando se segue o caminho percorrido por ele nos livros eclesiais é que se constata a sabedoria em haver conservado as Ana depois dos Antônio, etc. por assim permitir acompanhar na sequência as folhas de um mesmo livro de batismo, p.ex. Povoamento e Povoadores do Cariri Cearense, constitui a maior contribuição a genealogia do sul cearense, obra prima, de grande valia para os cultores da pesquisa e estudo genealógico.
Uma cópia pirata em PDF do livro Povoamento e Povoadores do Cariri Cearense, que circulou na internet foi escaneada do meu acervo sem autorização, sendo responsável pelo ato desonesto, uma pessoa conhecida, que por infelicidade. frequentou a nossa oficina genealógica. A mesma indesejada pessoa 'publicou' em PDF, sem a mínima consulta ao Autor, FAAL, o Famílias Cearenses UM, 2001. A justiça cuida de reparar os danos.
Francisco Augusto de Araújo Lima, Fortaleza, 29 de dezembro de 2018. Re - edição. Atualizado 2020.
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