Famílias Cearenses & Francisco Augusto de Araújo Lima.
Ascendentes de João Nogueira Jucá.
Sétimos – Avós de João Nogueira Jucá.
João Velho de Oliveira Gondim, Tenente, nasceu no ano de 1714, em Goiana, Pernambuco. Casou-se no ano de 1747, com Antônia Maria do Nascimento, n. 1732, na Caatinga do Góis, Jaguaruana, Ceará, batizada a 07 de janeiro de 1732, na Capela da Senhora Santa Ana, Freguesia de Russas, filha de João Rodrigues de Aguiar nasceu no Distrito de Braga, e de Joana Paes Maciel, (filha de Luciano Cardoso de Vargas). João Velho faleceu em 18 de novembro de 1795, na Freguesia de Russas. Antônia Maria casou-se com quinze anos de idade e foram seus padrinhos de batismo seus avós maternos Luciano Cardoso de Vargas, PP e Maria Maciel Carvalho. Ver Francisco Augusto, Ipueiras dos Targinos: Cardoso de Vargas, Pinheiro, Gondim, Paes Botão, Famílias Pioneiras na Ribeira do Jaguaribe. Ver também, op. cit. Fco. Augusto. Famílias Cearenses. 2001, p. 130.
Filhos por Antônia Maria do Nascimento e João Velho de Oliveira Gondim.
- Quitéria Maria do Nascimento 7. Manoel Monteiro de O. Gondim Sobº
- José Monteiro Gondim 8. Inês Maria do Sacramento
- Maria Francisca do Espírito Santo 9. Ana Teresa Gondim
- Francisca Inácia Gondim 10. Luzia Maria Gondim
- Antônia M. do Nascimento Filha 11. Vicência Maria do Nascimento
- Teresa Francisca Joaquina de Jesus 12. José
1º Filho por João Velho de Oliveira Gondim e Antônia Maria do Nascimento.
Sextos – Avós de João Nogueira Jucá.
- Quitéria Maria do Nascimento, n. 1748, na Freguesia das Russas, batizada a 13 de fevereiro de 1748, na Igreja Matriz de N. Senhora do Rosário das Russas, tendo por padrinhos, João Rodrigues de Aguiar e sua mulher Joana Paes Maciel, avós maternos da batizanda. Casou-se a 15 de outubro de 1770, com Antônio Pinto Borges de Magalhães Jr., Capitão Mor filho de Antônio Pinto Borges, Doutor, e de Maria Magalhães Carneiro Fontoura. Antônio Jr. residente em Baturité, Ceará. Quitéria faleceu a 11 de dezembro de 1852, com 104 anos de idade.
Filhos por Quitéria Maria e Antônio Pinto Borges de Magalhães Jr. 1.1-1.4.
1.1. Antônio 1.3. Francisco Borges de Magalhães Pinto
1.2. Ana Quitéria Joaquina de Magalhães 1.4. Francisca Inácia de Magalhães
4ª filha por Quitéria Maria do Nascimento e Antônio Pinto Borges de Magalhães Jr.
Quintos – Avós de João Nogueira Jucá.
1.4. Francisca Inácia de Magalhães, n. no mês de janeiro de 1788, batizada a 24 de março de 1788, na Igreja Matriz de Santo Antônio de Quixeramobim, Ceará, por padrinhos, Vicente Álvares da Fonseca e Inês Maria do Nascimento Bento. Casou-se a 11 de maio de 1807, com Bento Ferreira Rabelo, n. Aracati, filho do Capitão Mor Mateus Ferreira Rabelo e de Felipa da Conceição, pais de dez filhos. Neto paterno de João Rabelo de Araújo, Aranha, e de Maria Vieira, ambos de Vila Franca do Campo, Açores, Portugal. Por engano informam ser Bento Ferreira Rabelo filho de Manoel Antônio Rabelo e de Idalina Ferreira Rabelo.
1ª filha por Quitéria Maria do Nascimento e Antônio Pinto Borges de Magalhães Jr.
1.4.1. Maria de Nazaré da Natividade casou-se a 03 de outubro de 1832, na Freguesia de Santo Antônio do Quixeramobim, Ceará, com João Lobo dos Santos, filho de Inácio Lobo dos Santos, n. 1776 e batizado a 02 de fevereiro de 1776, na Fazenda de Santa Ana, Quixeramobim, e de Quitéria Francisca de Paula, n. 19.09.1803. Avô paterno: José Lobo dos Santos, n. Porto, Portugal, filho de José Joaquim da Silva Lobo e de Simoa Maria. Avó paterna: Mariana Álvares da Fonseca, n. Olinda, f. de Vicente Álvares da Fonseca e de Teresa Fragosa das Chagas, ambos de Olinda, Pernambuco. Avôs maternos, Antônio Pinto Borges, n. São João Batista, Capeludos, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real, Portugal, Doutor, e Maria Magalhães Carneiro Fontoura. Continua
2ª filha por Quitéria Maria do Nascimento e Antônio Pinto Borges de Magalhães Jr.
Quartos – Avós de João Nogueira Jucá.
1.4.2. Ana Quitéria Joaquina de Magalhães, n. fevereiro de 1791, e batizada a 25 de abril de 1791, na Igreja Matriz de Santo Antônio de Quixeramobim, Ceará. Padrinhos, Lino José Barbosa e Teresa de Jesus. Casou-se (1) com dezesseis anos de idade, a 06 de abril 1807, com Manuel Procópio de Freitas, filho do Capitão Mor José Remídio de Freitas e de Ana de Freitas do Amaral. Ana Quitéria, viúva, 23 anos de idade, casou-se (2) a 30 de junho de 1814, com Antônio Francisco de Queiroz Jucá, filho de Inácio Lopes da Silva Barreira e de Joana Batista de Jesus Queiroz. Antônio Francisco de Queiroz Jucá faleceu a 09 de outubro de 1862. Termo de casamento. “Aos trinta de junho de 1814 nesta Igreja Matriz de Quixeramobim, depois de feitas as denunciações na forma do Sagrado Concílio Tridentino onde os contraentes são moradores e sendo confessados, casei solenemente in face da Igreja a Antônio Francisco de Queiroz Lima (Jucá) e Ana Quitéria de Magalhães, o contraente natural desta Freguesia, filho legítimo de Inácio Lopes Barreira e de D. Joana de Queiroz; a contraente natural da Freguesia de Baturité, filha legítima do falecido Antônio Pinto (Borges de Magalhães Jr.) e de D. Quitéria de Tal (Quitéria Maria do Nascimento); e logo não lhes dei as bênçãos por a contraente ser viúva do falecido Manoel Procópio de Freitas; Foram testemunhas Bento Ferreira Rabelo e Miguel José de Queiroz Lima, de fiz este termo para constar em que me assinei. O Coadjutor, Padre Gonçalo Luís Ramalho.” Cf. Livro de Matrimônios, Quixeramobim. Obs.: O sobrenome nativista, JUCÁ surgiu durante o Movimento da Confederação do Equador, 1824. Jucá do tupi, yucá, matar, o tacape feito do cerne resistente do jucazeiro, (Caesalpinia ferrea), usado para abater o inimigo.
Terceiros – Avós de João Nogueira Jucá.
Filho por Antônio Francisco de Queiroz Jucá e Ana Quitéria Joaquina de Magalhães. 1.4.2.1.
Bisavós de João Nogueira Jucá.
1.4.2.1. Antônio Francisco de Queiroz Jucá Jr. casou-se com Maria Carolina Rosa de Lima, filha de José Leocádio de Menezes e de Clementina de Barros, Clementina Maria de Menezes. Filho: 1.4.2.1.1.
1.4.2.1.1. José Jucá de Queiroz Lima nasceu a 28 de fevereiro de 1851, em Quixadá, onde faleceu a 20 de março de 1933. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito do Ceará, 1914, com a idade de 63 anos. Magistrado, Advogado e Deputado Provincial. Gago se irritava com facilidade. Autor do projeto nº 2.166, de 17.08.1889, que elevou Quixadá a cidade. Casou-se (1) a 10 de setembro de 1876, com Cecília de Menezes, faleceu a 29 de maio de 1915, e filha de José Leocádio de Menezes e de Clementina de Barros, Clementina Maria da Conceição. Casou-se (2) com Cecília Menezes, homônima e parente da primeira esposa e filha de Brasilino Batista Menezes e de Joana Leocádio de Menezes.
Avós de João Nogueira Jucá.
Termo de batismo do Dr. José Jucá de Queiroz Lima, pai adotivo do Desembargador José Jucá Filho.“José, filho legítimo de Antônio Francisco de Queiroz Jucá Júnior e de Maria Carolina Rosa de Lima, nasceu a vinte e oito de fevereiro de 1851, e foi solenemente batizado na Capela do Quixadá, pelo Padre Tomás de Aquino Rocha, aos quinze de abril do mesmo ano; foram padrinhos, o Reverendo Visitador, Antônio Pinto de Mendonça e Dona Francisca Xavier da Assunção, representados por Clementino F. Jucá e Luzia Rosa Correia, do que para constar mandei fazer este assento que assino. O Vigário Interino Padre Jacinto José Bezerra Borges de Menezes.” Cf. Livro de Batismos, Quixeramobim.
Termo de casamento dos pais adotivos do Desembargador José Jucá Filho.“Aos dez de setembro de 1876, na Igreja Matriz, (de Quixadá), o Reverendo Cláudio Pereira de Farias autorizado por mim abaixo assinado (João Scaligero Augusto Maravalho), não lhe encontrando impedimento algum, em presença das testemunhas, Laurentino Belmonte de Queiroz e o Doutor Daniel de Queiroz Lima, assistiu e abençoou servatis de jure servandis o recebimento matrimonial dos contraentes meus paqoquianos, José Jucá de Queiroz Lima e Cecília Maria de Menezes, tendo sido dispensado do quarto grau de consanguinidade da linha colateral simples. Aquele filho legítimo de Antônio Francisco de Queiroz Jucá e Maria Carolina de Lima Jucá, esta filha legítima de José Leocádio de Menezes e Clementina Maria de Menezes. E para constar faço este lançamento em que me assino. O Vigário, Padre João Scaligero Augusto Maravalho.” Cf. Livro de Matrimônios, Quixadá.
Filhos por José Leocádio de Menezes e Clementina Maria de Menezes.
“Noberto, branco, filho legítimo de José Leocádio de Menezes e de Clementina Maria da Conceição, nasceu a vinte e sete de março de 1852, e foi solenemente batizado na Capela do Quixadá pelo Padre Tomás de Aquino Rocha, aos trinta de maio do mesmo ano; foram padrinhos, Evaristo Madeira Barros, (tantum) do que para constar mandei fazer este assento que assino. O Vigário Interino José Jacinto Bezerra Borges de Menezes.” Cf. Livro de Batismos, Quixeramobim.
“Clementina, filha legítima de José Leocádio de Menezes e Clementina Maria da Conceição, nasceu a dois de setembro de 1853, e foi solenemente batizada na Capela do Quixadá, pelo Padre Antônio Correia de Sá, aos vinte de maio do seguinte ano; foram padrinhos, José Clemente Moreira Barros e Nossa Senhora da Conceição, do que para constar mandei fazer este assento que assino. O Vigário Interino Padre Jacinto José Bezerra Borges de Menezes.” Cf. Livro de Batismos, Quixeramobim.
"José, filho legítimo de José Leocádio de Menezes e Clementina Maria da Conceição, nasceu a três de março de 1856, e foi solenemente batizado na Capela do Quixadá pelo Padre Antônio Correia de Sá, aos onze de maio do mesmo ano; foram padrinhos, Nossa Senhora da Conceição, por devoção e o Doutor Francisco de Farias Lemos, do que para constar mandei fazer este assento que assino. O Vigário Interino José Jacinto Bezerra Borges de Menezes.” Cf. Livro de Batismos, Quixeramobim.
Filhos por José Leocádio de Menezes e Maria Brasilina de Menezes.
“Aos oito dias do mês de maio de 1900, na Fazenda do Padre, desta Freguesia, (Quixadá), Bispado do Ceará, foi por mim solenemente batizado o párvulo José, nasceu no primeiro de março do corrente ano; filho legítimo de José Leocádio de Menezes e Maria Brasilina de Menezes; foram padrinhos, Francisco Leocádio de Menezes e Maria Francisca de Menezes. E para constar mandei fazer este termo que assino. O Vigário Antônio Lúcio Pereira.” Cf. Livro de Batismos, Quixadá.
Termo de batismo do Desembargador José Jucá Filho, pai de João Nogueira Jucá.
“Aos sete dias do mês de abril de 1903, na Igreja Matriz de Quixadá, Bispado do Ceará, batizei solenemente ao párvulo, José, nascido a dez de fevereiro do mesmo ano, filho legítimo de José Lecádio de Menezes e de Maria Brasilina de Menezes, sendo padrinhos, José Jucá de Queiroz Lima e Clementina Maria de Menezes. E para constar mandei fazer este termo que assinei. O Vigário Antônio Lúcio Ferreira.” Cf. Livro de Batismos, Quixadá.
“Aos vinte e nove dias do mês de junho do ano de 1893, na igreja Paroquial de Quixadá, Bispado do Ceará, batizei solenemente a párvula Clementina, nascida a trinta de março do mesmo ano, filha legítima de José Leocádio de Menezes e Maria Brasilina de Menezes, naturais desta Freguesia. Foram padrinhos, José Laurentino de Menezes e Joana Batista de Menezes. E para constar fiz este assento que assino. O Vigário Antônio Lúcio Pereira.” Cf. Livro de Batismos, Quixadá.
“Aos três dias do mês de junho do ano de 1894, na Igreja Paroquial de Quixadá, Bispado do Ceará, batizei solenemente o párvulo Francisco, nascido a vinte e dois de fevereiro do mesmo ano, filho legítimo de José Leocádio de Menezes e Maria Brasilina de Menezes. Foram padrinhos, José Jucá de Queiroz Lima e Cecília de Menezes Jucá. E para constar fiz este assento que assino. O Vigário Antônio Lúcio Pereira.” Cf. Livro de Batismos, Quixadá. 1
“Aos vinte e oito de abril de 1895, nesta cidade de Quixadá, Bispado do Ceará, batizei a párvula Cecília, nascida a quatro de março do mesmo ano, filha legítima de José Leocádio de Menezes e Maria Brasilina de Menezes. Foram padrinhos, Brasilino José de Menezes e Clementina Maria de Menezes. E para constar fiz este assento que assino. O Vigário Antônio Lúcio Pereira.” Cf. Livro de Batismos, Quixadá.
“Aos vinte e dois de março de 1896, nesta cidade do Quixadá, Bispado do Ceará, batizei a párvula Odília, nascida a doze de fevereiro do mesmo ano, filha legítima de José leocadio de Menezes e Maria Brasilina de Menezes. Foram padrinhos, José Brasilino de Menezes e Nossa Senhora. E para constar mandei fazer este assento que assino. O Vigário Antônio Lúcio Pereira.” Cf. Livro de Batismos, Quixadá.
Pais de João Nogueira Jucá.
Filhos: 2.2.1.1.
1.2.2.1.1. José Jucá Filho, filho legítimo de José Leocádio de Menezes e de Maria Brasilina de Menezes. Foi adotado por sua tia materna Cecília de Menezes e seu marido José Jucá de Queiroz Lima. Casou-se com Maria Nogueira de Menezes, Dona Nenen, filha de João Nogueira de Menezes e de Jovina Ribeiro de Menezes. Pais de três filhos: José Jucá Neto, Bacharel em Direito, João Nogueira Jucá e Jovina Nogueira Jucá. Filhos: 2.2.1.1.1.-2.2.1.1.4.
2.2.1.1.1. José Jucá Neto. Bacharel em Direito. Professor de Direito Agrário da Faculdade de Direito da UFC.
2.2.1.1.1.2. João Nogueira Jucá nasceu a 24 de novembro de 1941, na Casa de Saúde São Raimundo, Fortaleza. Viveu sua infância em Itapagé, onde seu pai era Juiz e sua mãe Professora no Grupo Escolar. Estudou o ginasial no Colégio Cearense do Sagrado Coração de Jesus, dos Irmãos Maristas, de onde se transferiu para o Colégio São João, ambos em Fortaleza.
Termo de batismo. “João, nascido a vinte e quatro de novembro de 1941, filho legítimo de José Jucá Filho e de Maria Nogueira de Menezes Jucá, foi solenemente batizado pelo Padre Pedro Koning, nesta Igreja Matriz, a vinte e oito de dezembro de 1941, sendo padrinho, Bento Alves (de Souza) e Maria de Lourdes Vidal Alves. Em testemunho da verdade assino. Padre Pedro Koning encarregado atual da Paróquia.” Cf. Livro de Batismos, Fortaleza.
Às 14 horas do dia 04 de agosto de 1959, quando retornava de uma academia para prática de halterofilismo, localizada, na esquina da Avenida do Imperador com Pedro Pereira, alto, de onde saiu para ir a sua residência na Rua Princesa Isabel. Ao chegar a Praça da Lagoinha, deparou-se com a terrível cena de incêndio e explosões na Casa de Saúde Dr. César Cals. Na luta para salvar vítimas e retirar os tubos de oxigênio, sofreu queimaduras. O contato com o líquido causou queimaduras por frio / congelamento. Às cinco horas e vinte minutos do dia 11 de agosto de 1959, Dia do Estudante, faleceu João Nogueira Jucá. Fechou os olhos para o mundo um jovem de 17 anos, que deu exemplo de bravura, dignidade, sacrifício e prova de solidariedade, trocando a sua juventude pela vida de muitos, que teriam também morrido, se não fora o seu ato heroico de desvelo e coragem.
João Nogueira Jucá, o Jucá, era calado, tímido. Na quarta série ginasial do Colégio Cearense, fomos com uma excursão a cidade de Aracati, coordenada pelo Irmão Domingos, Titular da Classe, carioca, pavio – curto, que os alunos ‘inventaram’ que era oriundo do Morro da Viúva, cidade do Rio de Janeiro. O passeio foi repleto de alegria e palhaçada comum aos jovens. Banho de mar na Praia de Marjorlândia, com fotografias reveladoras dos 'atletas', Antônio Enock de Vasconcelos, Luíz de Gonzaga Fonseca Mota, Totó, futuro Governador do Ceará, Mota Pontes, Médico Veterinário, Lino Soriano Aderaldo, Afrânio Jucá, um grupo de mais de vinte e cinco alunos.
Escondidos, Jucá e FAAL viajaram em cima no bagageiro do ônibus, aventura que fez a alegria do Jucá que ria como uma criança feliz, ao sentir o vento no rosto e ver de cima a paisagem. Não lembro por qual razão, nossa ausência no interior do ônibus foi sentida e o Irmão Domingos nos fez descer. A maioria das fotos, desta excursão o Autor FAAL cedeu ao Professor José Nogueira Jucá Neto, restando poucas. Jucá nunca demonstrou interesse em ser militar. Nunca mesmo. Marinha Mercante sim era uma fantasia comum aos jovens de então, sair de forma rápida do rígido controle paterno e viajar o mundo com seus próprios recursos. A outra fantasia dos jovens de então era A Legião Estrangeira Francesa, uma unidade militar da França, criada no século XIX, atualmente uma tropa de elite. É a mais famosa legião estrangeira ainda em operação no mundo. A sua função sempre foi a de defender os interesses da França junto às suas colônias na África, no oceano Pacífico, na América do Sul e no Caribe. O sonho da Legião Francesa existiu de forma suave, a fantasia maior era a Marinha Mercante Brasileira.
Essa solução mágica (Marinha Mercante) inúmeras vezes foi tema de intermináveis conversas, Jucá, FAAL e o colega Alber Simões Mota,* onde íamos estudar em sua casa. O Alber residia além da Parangaba, caminho da Maraponga, entrando á esquerda na esquina da casa do Dr. Pontes Neto rumo nascente. Havia mais conversa do que estudo, desabafos, sonhos, muitos sonhos. O Alber Simões Mota ia nos pegar na Praça da Parangaba em um Chevrolet da sua família, normal adolescente dirigir, assim “por perto”, distâncias pequenas. O Colega Alber foi com a família residir em Brasília e perdeu-se o contato. Outro assunto um tanto ‘secreto’: a segunda época em Latim, o que nos obrigou, Jucá e FAAL, a assistirem aulas com o Padre Raimundo ROLIM de Morais, morador na Avenida do Imperador, lado da sombra, quase esquina com Avenida Duque de Caxias, centro, Fortaleza. Lá o bondoso Padre Rolim, baixando ainda mais o tom de sua suave voz, nos relatou sobre a verdadeira tragédia de Euclides da Cunha, fato que nos deixou emocionados e impressionados. Era um assunto misterioso e que não se comentava abertamente. Coisas de então. Não havia as academias para malhar. O que existia eram locais - salas para prática de halterofilismo. O Jucá, magrinho, levou a sério, fazia religiosamente a sua carga horária de exercícios e mudou a sua alimentação, tornando-se um atleta. FAAL frequentou mas não conseguiu encarar do mesmo modo que o Jucá. Desistiu escapando quem sabe de também participar na tragédia do fatídico quatro de agosto. Aprovados nos exames de segunda época em latim, aumentou em ambos o desejo de mudar de colégio. Fomos conversar com o Diretor do Colégio Fortaleza, na Avenida General Sampaio, Professor Colares, que nos orientou com muita paciência e ponderação. Mas era irreversível o desejo. O Jucá foi para o Colégio São João cursar o científico, e FAAL, para o Liceu do Ceará. Depois disso pouco contato. A última vez que o vi, á distância, ele na unidade de queimados da Assistência Municipal, atual Instituto Dr. José Frota, ocasião que conversei com familiares desolados com o acontecido e cientes da gravidade do enfermo.
*Alber Simões Mota nasceu a 16 de fevereiro de 1941, em Fortaleza, Ceará, e faleceu quarta-feira, 1º de agosto de 2018, após uma curta doença, no Hospital St. Luke's, New Bedford, Condado de Bristol, Massachusetts, USA. Alber residiu em Fortaleza, Brasília, e em Copacabana, RJ. Era marido de D. Dilza Souza Mota e filho de Edilson Nogueira Mota e de Maria de Lourdes Simões Mota. Alber sua família incluía além da sua esposa, Dilza Mota, dois filhos, Alexandre Augusto G. Mota e sua esposa Michelle do Scituate, Edilson Nogueira Mota, Neto, do Brasil; uma filha, Maria de Lourdes G. Mota do Brasil; um irmão, Edilson Nogueira Mota, Filho; duas irmãs, Maria Eliria Mota e Maria Eliana Mota; dez netos e várias sobrinhas e sobrinhos. Era pai do falecido Alber Simões Mota, Filho e irmão do falecido Cláudio Nogueira Mota. Cf. Hemeroteca Digital, Biblioteca Nacional, RJ.
2.2.1.1.3. Jovina Nogueira Jucá adulta foi á companheira de Dona Nenen sua mãe.
2.2.1.1.4. Welma filha do Dr. José Jucá Filho e de Dona Maria Nogueira de Menezes Jucá nasceu aos 06 de dezembro de 1935, e foi batizada aos 06 de janeiro de 1936, pelo Padre Geminiano Bezerra de Menezes. Padrinhos, o Desembargador Daniel Lopes e Lucila Sales Lopes. Cf. Livro de Batismos, Fortaleza, familysearch.org.
Cf. Maria Marlúcia Freitas Santiago. Grandes Capitães e os Freitas de Limoeiro. Ed. Expressão Gráfica. Fortaleza. 2004. p. 95. Cf. Ademar Mendes Bezerra. Magistrados Cearenses no Império e na República. TJCE.1999. Fortaleza. p. 118. Cf. Hugo Victor Guimarães e Silva. Deputados Provinciais e Estaduais do Ceará, 1835 - 1947. Ed. Jurídica. Fortaleza. 1952. p. 363. Cf. João Eudes Costa, Retalhos da História de Quixadá, Ed. ABC, Fortaleza, 2002, p. 295. Francisco Augusto de Araújo Lima. Famílias Cearenses 07 – Ipueiras dos Targinos. , Ed. Artes Digitais, Fortaleza. 2006. p. 395. Cf. Fco. Augusto de Araújo Lima, Famílias Cearenses 1, Ed. Premius, Fortaleza, 2001. p. 99. Cf. Fco. Augusto de Araújo Lima. Famílias Cearenses Treze. Siará Grande – Uma Província Portuguesa no Nordeste Oriental do Brasil. Ed. Expressão Gráfica, Fortaleza, 2016. Quatro Volumes. 2.300 p. Francisco Augusto de Araújo Lima. Fortaleza, 28 de janeiro de 2018, genealogia@familiascearenses.com.br faal.ww@gmail.com