Famílias Cearenses & Francisco Augusto de Araújo Lima.
Bairro das Damas
Por Francisco Augusto de Araújo Lima. Sítio Bom Sucesso, Guaramiranga, Serra de Baturité. Editado a 17 de maio de 2019. genealogia@familiascearenses.com.br faal.ww@gmail.com Atualizado, Fortaleza, 23.07.2020. Grato revisão realizada primo Miguel Macedo (Miguel Augusto Macedo de Araújo Lima).
Damas: Arrabalde da Capital, já no município de Porangaba; tem uma cadeira mixta. Cf. Álvaro Gurgel de Alencar. Dicionário Geográfico Histórico Descritivo. Estado do Ceará. Ceará. Louis Cholowiecki. Tipographia Moderna a Vapor. Atelie rs Louis. 71 Rua Formoza, 71. 1ª Edição. 1903. p. 121.
Damas: Arrabalde da Capital, mui próximo de Porangaba; tem uma cadeira mixta. Cf. Álvaro Gurgel de Alencar. Dicionário Geográfico Histórico e Descritivo. Tipografia Minerva. Assis Bezerra. Fortaleza - Ceará. 2ª Edição, 1939. p. 140.
Segundo o escritor Eduardo Campos, o nome Damas, vem do “bloco de terra que, em trabalhos de terraplenagem manual, se deixa verticalmente intato no local do corte, como testemunho da altura original do terreno, para facilitar a posterior cubagem do material escavado.”Uma árvore encima “a escultura” e como a base é mais larga e o alto mais estreito, lembra uma DAMA de saia rodada. Damas, assim chamavam os trabalhadores á testemunha que ficava por bom tempo como prova do ‘corte’ executado. Existiam muitas “damas” na estrada da Parangaba, na altura do nº 5521, notadamente no lado da sombra bem mais alto que ficou que o lado do sol. Versão aceita. Cf. Eduardo Campos, Diário do Nordeste, domingo - 1987.
Outras versões explicativas da origem do topônimo DAMAS.
Mulher Dama, o mesmo que prostituta. A Lagoa pode ser a origem do nome Damas? Lagoa das Damas.
Damas, antigo Sítio da família Almeida e Castro, vendido aos Façanha, que ia da Estrada da Parangaba a Estrada do Gado, (Av. 14 de Julho, atual Av. Gomes de Matos, a partir de 09.07.1968). E para o poente da citada Estrada da Parangaba, até o limite do Barro Vermelho, (Bairro de Antônio Bezerra), confinando ao norte com o Sítio Coqueirinho, atual Bairro da Parquelândia. O Sítio Damas na sua maior parte comprado pelo investidor Manoel Sátiro, dono de mais de 500 ha de terra nobre, em estratégicos lugares na cidade de Fortaleza. Estrada do Gado a segunda com esta denominação em Fortaleza. O Dr. César Cals de Oliveira, proprietário do Matadouro Modelo, desapropriado pelo Dr. Fernandes Távora. O matadouro antigo era no São Sebastião (Otávio Bonfim), e para lá rumava à primeira estrada do gado.
Acima, a primitiva Estação Ferroviária do Km 8 - Couto Fernandes (Inaugurada à 1° de agosto de 1940), semelhante a do Álvaro Weyne (à direita). Ao nascente da Estação do Km 8, o sobrado do Sr. Antônio Benício Neto. Ao poente, casa do Agente da Estação, Sr. Raimundo, pai de numerosos filhos, (entre outros, Maurício, Gotardo, Célia), seguida do Campo do Ferro-carril Futebol Clube e de Armazéns da R.V.C / R.F.F.S.A. Antes da existência da Estação Km 8, havia mais ao norte, uma Parada, do então chamado trem do Mondubim, para rápida descida e subida de passageiros das Damas. Diariamente saía trem de Fortaleza para Mondubim ás 11 h, 13.50 h, 17.30 h e às 21 h que pernoitava e no dia seguinte fazia o mesmo trecho - invertido = Mondubim / Fortaleza - às 6.00 h, 12 h, 16 h e 19 h. O Diário Oficial do Município de Fortaleza, n° 969 publica entre outras a Lei municipal 1.066, de 03 de agosto de 1955, que denomina de Couto Fernandes o Bairro conhecido por Quilômetro Oito em virtude da Estação Ferroviária ficar em local distante oito quilômetros da Estação Central João Felipe. (Na realidade são sete quilômetros, 166 metros e não oito km). Fonte foto. Estações Ferroviárias do Estado do Ceará.
Dr. Henrique Eduardo Couto Fernandes. Fonte foto. Jornal A Luta, Fortaleza.1917.
A Estação Ferroviária do Km 8, inaugurada a 1º de agosto de 1940, foi depois denominada Estação Couto Fernandes, (Henrique Eduardo Couto Fernandes), Eng.º Chefe da R.V.C. '1915/1921'. O Km 8 na verdade é o Km 7, - 7.166 m da Estação Central, João Felipe, marco zero da linha Sul da R.V.C.
Dona Antônia Couto Fernandes nasceu a 20 de novembro 1856, no Maranhão, filha de José Moreira de Souza e de Fausta Maria da Silva Couto, Fausta Maria de Couto Souza. Antônia casou-se no ano de 1870, em São Luís, MA, com Francisco Fernandes Júnior, empregado no comércio, empregado na repartição de melhoramento do porto (MA), Fiscal do Imposto de Consumo. O Sr. Francisco nasceu aos 18 de abril de 1848, em Portugal, e faleceu às 22 horas do dia 25 de maio de 1930, em Petrópolis, RJ. Morou com sua esposa e filhos, em São Luís, na Rua Grande, n° 22, na Rua do Sol, n° 26. Rua dos Craveiros, n° 20, Rua dos Remédios, n° 02, Rua Nova, n° 13. Foi residir no Rio de Janeiro, aos 28 de julho 1904, viajando com familiares, no Vapor Alagoas. Dona Antônia da Silva do Couto Fernandes, Diretora do Colégio Nossa Senhora da Vitória, Rua do Sol, n° 54, São Luís, falecida em Petrópolis, aos 13 de março de 1941.
Irmãos de Antônia Couto de Souza Fernandes:
1. Dona Maria Raimunda Couto de Souza que se casou a 19.09.1903, com Bernardino R. de Paiva.
2. Dona Eliza Couto de Souza.
3. Dona Maria das neves Couto de Souza, falecida no mês de julho de 1932, em São Luís, MA.
4. Ana Júlia Couto de Souza c.c. José da Silva Couto.
5. José Couto de Souza Almoxarife da Empresa de Bondes, Nina, casado a 06.06.1903, com Luíza Ferreira Rabelo, filha de Luíza Faria Rabelo e de Joaquim Ferreira Rabelo, falecido no mês de abril de 1911.
6. Fausta Couto de Souza c.c. Antônio da Costa Lopes Júnior, ela falecida no mês de dezembro de 1912.
7. Manoel Sebastião Couto de Souza casou-se com Rosa Teixeira Balga, filha de Antônio de Castro Balga, aos 23 de setembro de 1922, São Luís, MA. Cf. Jornal Pacotilha, Maranhão, 19.09. 1903 e outros jornais maranhenses. Cf. Livro de Matrimônios, Maranhão. familysrearch.org.
O Sr. Francisco Fernandes Júnior e D. Antônia, pais de 1.-9.
1. Lisbella Couto Fernandes nasceu em São Luís, Maranhão, e casou-se a 12 de fevereiro de 1919, na Igreja Matriz de Fortaleza, com Hildeberto Valente Ramos, n. Fortaleza, filho de Francisco José de Freitas Ramos e de Adelaide Valente Ramos. Presentes, o Padre José Alves Quinderé, as testemunhas, o Coronel Jose Amaro Coelho, representado pelo Dr. Odilon Amorim Garcia, o Dr. Justiniano Serpa, representado por João Silva, o Dr. Henrique Eduardo do Couto Fernandes e sua esposa Zuleide Abigail dos Santos Fernandes. Lisbella e Hildeberto, pais de:
1.1. Maria do Carmo nasceu a 19 de dezembro de 1922 e foi batizada aos seis de fevereiro, de 1923, pelo Padre Geminiano Bezerra de Menezes. Padrinhos, o Dr. Alberto Couto Fernandes e Dona Antônia Couto Fernandes. Extraído para casar a 23 de março de 1950.
O Dr. Hildeberto Valente Ramos Secretário da R.V.C., funcionário dos Correios e Telégrafos, Fortaleza. Membro da diretoria da Associação Cearense de Imprensa, 1937. Oficial Administrativo do Tribunal de Contas (da União), Ceará, 1938. O Dr. Hildeberto era sobrinho do Sr. Francisco de Lima Valente, c.c. Minuza Jataí Pedreira, Sub Inspetor da Stand Oil, falecido a 10.02.1938, Rio de Janeiro; sobrinho ainda da Senhora Marieta Valente Quinderé c.c. João Quinderé; da Senhora Adelaide Valente Ramos e do Sr. Manoel Valente, funcionário da Prefeitura Municipal de Fortaleza. Cf. Jornal A Razão, Fortaleza, 16.02.1938.
Cf. Jornal Correio Da Manhã, RJ. 21.01.1951.
2. Alberto Couto Fernandes nasceu a 23 de outubro de 1871, no Maranhão, e faleceu 21 de abril de 1943, RJ. Viajou para o Rio de Janeiro, aos 08 de fevereiro de 1889, para cursar a Escola Militar e Engenharia. Casou-se a 03 de março de 1895, com Lisbella Perdigão, filha do Sr. Francisco João Vellez Perdigão, aposentado da Estrada de Ferro Central do Brasil e falecido a 20.01.1917 e filho de Luzia A. Vellez Perdigão, falecida a 28 de abril de 1903, São Luís. Lisbella L. Perdigão, viúva do Eng. Alberto Couto Fernandes, faleceu a 31 de agosto de 1952, RJ.
3. Francisco Couto Fernandes nasceu a 14 de fevereiro ou 20 de novembro de do ano de 1883, São Luís, MA, e casou-se a 27 de janeiro de 1906, com Maria Dias, n. 1886, filha de Joaquim Francisco Ferreira Dias e de Cândida Rosa Machado Dias. Francisco, comerciante, telegrafista, graduado em Farmácia, Juiz de Fora, MG, 1919, Deputado Estadual, Maranhão. Filhos 3.1.-3.7.
3.1. Yacira Dias Fernandes nasceu a 11 de março de 1911.
3.2. José Joaquim nasceu a 26 de setembro de 1913.
3.3. Lenir Dias Fernandes, 04 de março, Benedito n. 11 de julho.
3.4. José de Carvalho Fernandes n. 07 de setembro.
3.5. Maria de Lourdes, n. 20 de setembro.
3.6. Francisco Paulo, n. 02 de janeiro.
3.7. Vicente de Paulo de Carvalho Fernandes, 01 de janeiro.
Um Francisco Couto Fernandes faleceu a 31 de outubro de 1944, em São Luís, MA. Era c.c. Raimunda de Carvalho Fernandes.
4. Carlos Couto Fernandes nasceu 02 de maio de 1896.
5. José Couto Fernandes nasceu no ano de 1879, São Luís, MA, sócio da mercearia e padaria Miragem, Rua Santo Antônio, nº 37, São Luís, ano de 1903, Inspetor dos Telégrafos. Casou-se na Igreja de Santo Antônio, às 19 horas, de 22 de outubro de 1908, com Esmeralda Perdigão Ramos, n. 1886, filha do Coronel Joaquim de Souza Ramos e de Francisca Luíza Perdigão Ramos. Presentes, o Monsenhor Vicente Ferreira Galvão, as testemunhas, o Major Jose Ribeiro do Amaral e o Coronel Joaquim de Souza Ramos.
6. Afonso Henrique Couto Fernandes, graduado em Odontologia, RJ, 1911. Casou-se se a 19 de maio de 1900, São Luís, MA. com Francisca Augusta dos Santos, filha do Deputado Augusto Alves dos Santos (falecido a 08 de janeiro de 1927, na Bahia) e de D. Jesuína Rosa dos Santos, falecida às 06 horas da manhã, do dia 24 de fevereiro de 1904, na cidade de Belém. Padrinhos, por parte do noivo, o Sr. Francisco Fernandes Júnior e sua esposa, Custódio Gonçalves Belchior, Frederico Gonçalves Machado e por parte da noiva o Dr. Felicíssimo Rodrigues e sua esposa, Luís Alves dos Santos e Dona Julieta Fernandes dos Santos.
7. Maria José do Couto Fernandes casou-se a 28 de julho de 1894, de noite, na Capela dos Navegantes, Igreja de Santo Antônio, São Luís, com Francisco Barros da Silva, em presença do Padre Fábio José da Costa, e das testemunhas, Alfredo Nicolau dos Santos, o Dr. Tarquínio Lopes. Francisco Barros da Silva, comerciante, faleceu a 07 de setembro de 1912, em Manaus, AM.
8. Adelaide do Couto Fernandes nasceu a 28 de janeiro. São Luís, MA, e casou-se com Francisco de Oliveira.
9. Eng. Henrique Eduardo Couto Fernandes, Engenheiro no ano de 1895, Rio de Janeiro. Presidente do Club dos Diários, Fortaleza. Primeiro Diretor da Escola de Agronomia do Ceará, 1918/1920.
O Engenheiro Henrique Eduardo Couto Fernandes nasceu aos 28 de julho de <1873>, em São Luís, Maranhão, filho de Francisco Fernandes Júnior e de Antônia do Couto Fernandes. O Dr. Henrique Eduardo casou-se a 23 de janeiro de 1897, na Capela de São José das Laranjeiras, São Luís, MA, com Zuleide Abigail dos Santos nasceu a 20 de julho, filha do Sr. Augusto Alves dos Santos e de D. Jesuína Rosa dos Santos. Presentes o Monsenhor Mourão e as testemunhas, José Maria de Freitas e Vasconcelos, e o Dr. José Rodrigues Fernandes. Aposentado a 03 de fevereiro de 1935, como Chefe do Distrito da Inspetoria Federal de Estradas. Aos 09 de junho de 1903, faleceu em São Luís, Clóvis, 18 meses, filho do Dr. Henrique Eduardo Couto Fernandes. O Eng. Couto Fernandes faleceu no dia 29 de dezembro de 1954, na cidade do Rio de Janeiro, deixando Dona Zuleide, viúva, uma nora, netos, e foi sepultado no cemitério de São João Batista. Cf. Livro de Matrimônios, Fortaleza. Cf. Livro de Batismos, Fortaleza. familysearch.org.
A Estação da R.V.C. Km 8, permitiu comodidade na ligação Damas / Fortaleza e Damas / Parangaba. Antes de 1940 com certeza havia uma parada do trem para descer / subir passageiros no Km 8. Estrada da Parangaba, Av. Washington Luís, {25.06.1930} Avenida João Pessoa, a Avenida da Morte, { concretada a 21.10.1930} Av. Capistrano de Abreu {A 21.06.1975} ... Lagoa das Damas ... Avenida pavimentada, acostamento era de pedra bruta. Carroças d’água da Pirocaia sem sinalização.
Jornal A Razão. Ceará, 13.06.1937. Com Vistas ao Senhor Diretor da R.V.C. Parada de Trem do Mondubim, nas Damas.
Teoria Damas & Colégio Santa Cecília. Jornal Diário do Nordeste citando o Nirez, Miguel Ângelo de Azevedo para Damas ... http://plus. diariodonordeste.com.br/aniversario-de-fortaleza/
Ginásio / Colégio Santa Cecília, das Irmãs Damas da Instrução Cristã, BENFICA. Irmandade iniciada em Recife Pernambuco. Ginásio Santa Cecília. Fundado 1911, pela Senhora Almerinda Albuquerque. Av. Visconde de Cauípe, = Av. da Universidade. 1938 já era das Irmãs Damas da Instrução Cristã. Desapropriado pela UFC 1959, se mudam para a Av. EE.UU, atual Virgílio Távora Aldeota. (Observação válida:o topônimo Aldeota é citado por Adolfo Caminha no seu romance A Normalista, 1893, portanto existe anterior a esta data. O Bairro Damas DOCUMENTADO desde 1862.
Em Fortaleza, Ceará, as Irmãs Damas chegaram no início do ano de 1952. Um grupo de sete religiosas, tendo à frente Me. Bernadete, veio à capital do Estado para continuar o trabalho de educação da juventude cearense, iniciado em 1911 por Dona Almerinda Albuquerque. Até 1960, o Colégio Santa Cecília funcionou no Benfica e, a partir de 1961, faz a caminhada educativa no bairro Aldeota.
No ano de 2011, o Colégio Santa Cecília celebrou os 100 anos de fundação (considerando o período pertencente a D. Almerinda Albuquerque). Foi um tempo de festa, de encontros, de expressões sensíveis de apreço, de carinho e de amizade. Momento de renovação e de apontar para o futuro com toda a bagagem recebida, a energia e a força que vêm de objetivos claros e confiança na missão. Alunos, ex-alunos, educadores, pais e religiosas celebraram a própria vida. Num ato simbólico, abraçaram a Escola, num gesto caloroso e protetor da educação de qualidade e de valor. O Santa Cecília se renova para construir a cada dia a identidade de educadores Damas. Profissionais que preparam jovens para enfrentar os desafios da sociedade moderna, incentivando-os a reconstruí-la à luz dos valores cristãos. http://www.santacecilia.com.br/nossa-historia
Foi em 15 de agosto de 1815 que Inês Margarida recebeu o nome de Agathe. Ela foi à fundadora do Instituto das Damas da Instrução Cristã na Bélgica. As primeiras religiosas chegaram ao Brasil em 15 de outubro de 1896. Nada com o nome Damas – Bairro de Fortaleza. As pioneiras no Recife, co - fundadoras da instituição religiosa Damas da Instrução Cristã, Ana Cavalcante de Miranda Henriques e Maria Cavalcante de Miranda Henriques, nascidas na Vila do Icó e filhas de Raimundo de Araújo Lima e de Manoela Cavalcante de Miranda Henriques. {Ascendentes dos Araújo Lima - da Quixabinha, Mauriti, Cariri cearense.) Netas paternas de Manoel da Cunha Silva e de Clara Tavares Benevides. Netas maternas de Pedro Manoel Duarte Gondim, Tabelião Proprietário do Cartório da Ouvidoria do Crato, e de Ana Cavalcante de Miranda Henriques. Dona Ana no inventário do seu pai foi seu procurador o Padre Antônio José Duarte de Azevedo Gondim. Neta materna de Félix Francisco Correia de Barros, falecido a 12 de janeiro de 1810, Recife, e de Maria Joaquina de Miranda Henriques. Pedro Manoel Duarte Gondim nasceu na Freguesia de Santo Antônio do Recife, filho de João Bernardo de Lima Gondim e de Dona Manoela de Santa Ana de Araújo Gondim. Pedro Manoel Duarte Gondim, (e não Manoel Pedro Duarte Gondim como por engano foi divulgado) casou-se aos dezessete dias do mês de outubro de 1808, pelas seis horas da tarde, no Oratório particular dos pais da nubente, Freguesia do Sacramento do Bairro de Santo Antônio do Recife, com Maria Joaquina de Miranda Henriques, natural da Freguesia da Sé, filha de Félix Francisco Correia de Barros e de Maria Joaquina de Miranda Henriques. Presentes a cerimônia religiosa de casamento o Cônego Manoel Vieira de Lemos, as testemunhas, o Reverendíssimo Deão Manoel Xavier Carneiro da Cunha e José Pereira de Lima Gondim. Cf. Livro de Matrimônios, Recife. DSCF7507.
Ao Publico
DAMAS - Coqueirinho
“A proposito de uma questão de limites de terras entre mim e o sr. João Barbosa Lima, sahiu n'«A Republica», de hontem, a seguinte:
Declaração
O abaixo assignado declara e faz publico ter vendido ao sr. João Barbosa Lima não parte, mas todas as terras do sitio Coqueirinho, havidas por herança de sua mulher d. Luiza da Cunha Studart, com as extremas antigas e conhecidas. (Dona Luiza, viúva de José Correia Sombra e filha de Severiano Ribeiro da Cunha, Visconde de Cauípe).
Ceará, 17 de Agosto de 1910 Barão de Studart
Sobre o mesmo assumpto veja o púbico a carta abaixo que a 23 de junho passado dirigi ao exmo. sr. Barão de Studart e sua resposta transcripta fielmente:
« Damas, 23 de Junho de 1910».
Exmo. Amo. Sr. Barão de Studart”
“Cordeaes saudações.
Peço a V. Exc. se digne de por especial obsequio responder me ao pé desta o seguinte:
1o Si o sitio no logar Tauhape que V. Exc. vendeu ao sr. João Barbosa Lima, estava todo cercado ou si tinha terras por cercar do lado do poente;
2o Si a extrema pelo lado do poente é o vallado que margeia a estrada actual de Pacatuba e se no referido vallado existia a porteira que dava entrada ao sitio de que se trata.
Permitta-me V. Exc. fazer da sua resposta o uso que me convier.
(Assignado)
“Resposta :
Amº Sr.
Cumprimentos.
Em resposta á sua carta de hontem tenho a dizer-lhe, reportando-me a Cousas do sitio «Coqueirinho», onde raras vezes fui, que tanto quanto sei a respeito elle NAO TINHA TERRAS POR CERCAR DO LADO DO POENTE e que para eu lá ir tomava a Estrada chamada de Pacatuba, de todos mui conhecida e penetrava pela porteira existente junto ao vallado, que margeia a dita Estrada.
Pode fazer desta resposta o uso que bem lhe aprouver.
Fortaleza 24 de Junho de 1910.
(Assignado)Barão de Studart”
“As terras em questão cujas cercas foram abaixo uma vez e que de novo estou levantando, as quaes pretende o sr. João Barbosa Lima, são todas pertencentes ao meu sitio, DO LADO DO POENTE DO SITIO COQUEIRINHO, QUE NÃO TEM TERRAS POR CERCAR DESSE LADO como affirma seu ex proprietário o exmo. sr. Barão de Studart e deve constar da respectiva escriptura.
«A estrada chamada de Pacatuba, de todos muí conhecida», separa os dois sitios, ficando o «Coqueirinho» ao nascente e as terras do meu poder ao poente.
Eis a que fica reduzida a questão do sr. João Barbosa Lima commigo.
Sindulpho Chave” Jornal do Ceará. ANO VIII. Nº 1236. 26.08.1910
O Sítio Coqueirinho é hoje (2011) constitui quase na íntegra o Bairro da Parquelândia. O Sítio Damas, parte continua como Bairro Damas e parte é Bela Vista, com sobras do Coqueirinho. Um terceiro Sítio o dito lugar Tauape, desapareceu como topônimo, restando bem ao nascente São João do Tauape, e o Riacho Tauape, drenado pelo chamado Canal, limite entre Fortaleza e Parangaba, na altura do Campo do Ceará Sporting Club, Porangabussú. A Estrada chamada de Pacatuba, não mais existe, passou a ser chamada de Estrada do Gado, (a Antiga), Rua Dr. Justiniano de Serpa, hoje (2011) é a Av. José Bastos. Os três Sítios, vizinhos, começavam ao nascente, na Estrada do Gado, (A Nova), Av. Gomes de Matos, Montese, e rumavam ao poente até quase o Barro Vermelho, Bairro de Antônio Bezerra. O vizinho do Tauape, para o norte, era o Sítio Porangabussu, Bairro Rodolfo Teófilo.
Jornal O Cearense. 19.05.1868. Fundição Cearense. Spear & Marsden. Os proprietários deste estabelecimento reconhecendo a falta de uma fundição nesta Província tem aberto a sua fábrica de mecanismo a vapor e fundição de ferro e outros metais, na Estrada empedrada de Arronches em meio caminho do Sítio Benfica.
Jornal O Cearense. 08.07.1869. Atenção. Vendem-se as casas onde funcionava a - Fundição Cearense - assim como a casinha de taipa e telha contígua, sobre um terreno de 80 palmos de frente, tudo na Estrada empedrada de Arronches, fundos para a antiga estrada de Maranguape (a ANTIGA, corresponde a atual Rua Marechal Deodoro, (Cachorra Magra), Rua da Amélia, Senador Pompeu, 14 de Julho, Gomes de Matos); neste terreno já existem 150 palmos de alicerce. Quem pretender pode informa-se à Praça do Quartel, Sobrado n° 1.
Jornal O Cearense. 28.08.1869. Atenção. Vende-se 2.800 palmos de terreno na Estrada da Pacatuba (dentro dos limites da planta da cidade) fundos correspondentes aos terrenos da Estrada empedrada de Arronches; estremando pelo Norte com Manoel Antônio da Rocha Lima Júnior, pelo sul com H. Kalkmann e pelo nascente com os herdeiro do Coronel Machado. Avisa-se a todas as pessoas que compraram lotes de terreno na Estrada empedrada de Arronches (hoje Av. João Pessoa) que terão preferência nos lotes correspondentes aos que lhes pertencem. Tem o referido terreno muito fundo indo além da Estrada da Pacatuba onde passa o pico divisório. Vende-se 2$000 por palmo. Muito em breve terá de passar o trilho de ferro (R.V.C.) por este terreno em toda a sua extensão, o que fará quadruplicar de valor. Obs. A Estrada da Pacatuba atual Avenida José Bastos, iniciava na Estrada de Uruburetama, depois Estrada da Caucaia, Soure, depois Av. Bezerra de Menezes, com a denominação de Estrada do Gado, (a Antiga), Rua Dr. Justiniano Serpa, Av. José Bastos. 1922 surgiu Estação Km3, depois Estação do Matadouro, e em seguida Estação Otávio Bonfim. A Estrada da Pacatuba atravessava o Sítio Coqueirinho, atual Bairro da Parquelândia, rumo a Serra da Aratanha, Serra da Pacatuba, Cordão Central do Ceará. Ver José Liberal de Castro. A localização da chácara da Villa Izabel propriedade do livreiro Gualter da Silva. RIC, 2004, p. 97. No excelente trabalho do Professor Liberal de Castro, trata da Estrada da Pacatuba e da Estrada de Maranguape, provável ser a referência a NOVA Estrada de Maranguape e não a ANTIGA.
Fortaleza Pequenina. 1759/1835. 1885/1921.
Pequenina territorialmente foi a cidade de Fortaleza em dois grandes períodos. O primeiro, dos anos de 1759/1835, com duração de setenta e seis anos. Decorridos cinquenta anos da perda, Parangaba e Messejana recuperam o status de município e surge o segundo período de área reduzida para Fortaleza, 1885/1921. Mais trinta e seis anos, em um total de cento e doze anos com território pequeno documentado inclusive nos livros eclesiais da Igreja Católica.
Estrada Fortaleza / Parangaba. Fonte foto: O. Justa. brasilianafotografica.bn.br
Final da Estrada Fortaleza / Parangaba. Vila da Porangaba. 1º plano à direita casa da família Albano. Fonte foto: O. Justa. brasilianafotografica.bn.br Observação: O fotógrafo O. Justa, Octávio Gonçalves da Justa nasceu a 27 de outubro de 1877, em Pacatuba, Ceará, filho de Henrique Gonçalves da Justa e de Engrácia de Paula Coutinho da Justa. Foram seus padrinhos de batismo, Rodolfo Marcos Teófilo e Dona Francisca de Paula Coutinho, sua tia materna. Neto paterno de Antônio Gonçalves da Justa e de Maria Neta da Justa. Neto materno de Francisco de Paula Tavares Coutinho e de Lourença de Paula Tavares Coutinho. Octávio casou-se a 30 de janeiro de 1901, com Luíza Maria da Silva, com geração. Octávio Gonçalves da Justa sogro do Professor Raimundo Renato de Almeida Braga. Ver nesta página Almeida Braga - Faé de Baixo. Cf. FAAL com a colaboração de Alan Philipe Moreira.
Parangaba, antiga aldeia de índios Potiguares, significando na língua Tupi, beleza. Os Potiguares e portugueses assim chamavam a lagoa. Reza a lenda que os nativos levavam suas filhas para banhar-se nas águas da Parangaba, pois tinha a virtude de dar formosura às virgens, para fazê-las amadas pelos guerreiros.
O topônimo variou no tempo. Os holandeses denominaram a Lagoa de Imboena Pougar ou lnboena Pougar, (1637-1644 e 1649-1654). A seguir, com a expulsão dos jesuítas, decretada por Sebastião José de Mendonça Carvalho, o Marquês de Pombal, Parangaba recebeu a denominação Vila Nova de Arronches, ou simplesmente Arronches, instalada a 25 de outubro de 1759. Posteriormente, (1865) Porangaba (e Arronches) variação do primeiro nome, celebrizada por José de Alencar, na sua criação poética - Iracema, onde cita por cinco vezes a Porangaba. Vila pela segunda vez, por Lei Provincial n. 2097 de 25 de novembro de 1885. Distrito da Fortaleza, Lei 1913 de 31 de outubro de 1921. O nome da via de acesso também variou: Estrada da Parangaba, do Arronches, da Porangaba, da Parangaba. Avenida Washington Luiz, até julho de 1930, Av. João Pessoa, Av. Capistrano de Abreu? Finalmente a grafia Parangaba, a partir de 1º de janeiro de 1944, por força do Decreto-Lei estadual n. 1114, de 30 de dezembro de 1943. Cf. Francisco Augusto de Araújo Lima. Famílias Cearenses Zero - Soares e Araújos no Vale do Acaraú, 2ª Edição. Ed. Expressão Gráfica, Fortaleza. 2011. 286 p.
Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus dos Aflitos da Parangaba. Fonte foto, Google.
Parangaba Município 1759. Aboliu obrigada o nome nativo, passou a Arronches. Incorporado a Fortaleza pela lei de nº 2 de 13 de maio de 1835, ainda a ser chamada de Arronches. Restaurado Município pela Lei nº 2097, de 25 de novembro de 1885, por influência de José de Alencar agora nominada Porangaba. Incorporado definitivamente a Fortaleza pela Lei de nº 1913, de 31 de outubro de 1921, pelo então Governador do Ceará, Justiniano José de Serpa. A Vila antiga da Parangaba ligava-se por Estrada a Messejana, Barro Vermelho, atual Antônio Bezerra, ao Mondubim, Maracanaú, etc. A Fortaleza pela mui antiga Estrada da Parangaba e desde 1873, pela Estrada de Ferro Baturité com a Capital do Estado. Lembrar a Estrada da Pacatuba que nascia no Barro Vermelho, atravessava o Sítio Coqueirinho, (atual Parquelândia) passava na Parangaba rumando então para a Serra da Aratanha.
Arronches Vila portuguesa no Distrito de Portalegre, região Alentejo e sub-região do Alto Alentejo, com cerca de 1.900 habitantes, (2011). É sede do Concelho / município de Arronches, com área de 314,65 km² e 3 165 habitantes, subdividido em três freguesias. O Concelho é limitado a norte pelo Concelho de Portalegre, a leste pelo de Campo Maior, a sul pelo de Elvas, a oeste pelo de Monforte e a nordeste pela Espanha. Cf. Wikipédia. Arronches / Arromenos? Relativo aos Arromenos, povo do sul da Iugoslávia, Bulgária, Albânia e Grécia setentrional.
Praça da Matriz de Parangaba. Fonte oto. IBGE.
Bairros, lugares do Município de Parangaba: Acaracuzinho, Alto Alegre, Alto da Balança (Aerolândia), Alagadiço Grande, Alagadiço (Capela de S. Francisco de Paula), Barreiros, Barro Vermelho, (Antônio Bezerra), Bela Vista {Parque da}, Boa Esperança, {Parque} Boa Vista, Bom Jardim, Burma (?), Capela do Sítio Vila Cavalcante, de Waldemiro Cavalcante, Capury, Cocorote, Coqueirinho, (Parquelândia), Damas, Estiva, Estrada do Gado, a mesma Rua 14 de julho, atual Gomes de Matos, Gramació, Paróquia de Porangaba, Itaoca, Itapiry, Itaperi, (Tapiry), Jaçanaú {Estrada Maranguape}, Lagoinha (Capela de Santa Luzia), Maniboia, Maracanaú, Maraponga, Marupiára {Vila}, Mirambé, Missões, Moitinga, Mondubim, {Ermida do Sítio Mendobi}, Monte Alegre {Pajuçara}, Montese, Nova Esperança, (São Francisco de Novo - Canindé, Canindezinho), Pajuçara, Paracuzinho, Passaré, Pecy, Pici, Pirocaia, Pitinga, Porangabussú, Serrinha, Siqueira, Sítio Taboatão, Tabocal, Tatumondé, Tauape, Timbó, Urubu (Barro Vermelho), Urucutuba, Vila Damasco {Pirocaia}, Vila Rio de Janeiro, Vila São Pedro {Pirocaia}. Todos documentados em Livros Eclesiais da Igreja Católica Apostólica Romana. Obs.: A Capela de São Francisco de Assis, Canindezinho, foi edificada no ano de 1918, pelo Sr. Francisco Saraiva de Moura que se casou a 24 de setembro de 1906, na Igreja de São Pedro da Ibiapina, Ibiapaba, Ceará, com Raimunda Alves Feitosa.
João Rafael de Souza, natural de Maranguape, 24 anos de idade, residente em Gramació, Parangaba, filho de João Luís de Souza e de Joana Rafael de Souza. João Rafael de Souza casou-se aos 26 de junho de 1926, nesta Igreja, com Filomena de Sena Bastos, n. Fortaleza, 17 anos, filha de Francisco de Sena Bastos e de Leonília Lima Bastos. Cf. Livro de Matrimônios, Ceará, familysearch.org.
José Faustino Ribeiro natural do Alto da Balança, Divisa leste do Munícipio da Parangaba com o Munícipio da Messejana, 22 anos de idade, filho de Joaquim Ribeiro da Cruz e de Luíza Ribeiro da Cruz. José Faustino casou-se aos 30 de junho de 1923, com Francisca Gomes da Silva, n. Parangaba, 22 anos, filha de Sebastião Gomes da Silva e de Josefa Maria da Conceição. Cf. Livro de Matrimônios, Ceará, familysearch.org.
Manoel Francisco dos Santos Filho, natural de Fortaleza, 19 anos de idade, residente nas Damas, filho de Manoel Francisco dos Santos e de Isabel Maria da Conceição. Manoel Filho casou-se aos 27 de janeiro de 1924, na Capela do Sagrado Coração de Jesus, Asilo de Alienados da Parangaba, com Laura Xavier de Souza, n. na cidade da Fortaleza, 16 anos, moradora nas Damas, filha de Francisco de Paiva Vasconcelos e de Francisca Xavier de Lima. Cf. Livro de Matrimônios, Ceará, familysearch.org.
Paulo Batista de Oliveira, natural de Urucutuba, Parangaba, 23 anos de idade, filho de Francisco Batista de Oliveira e de Florência Maria da Conceição. Paulo casou-se aos 05 de julho de 1923, nesta Igreja Matriz, com Isaura Maria da Conceição, n. na Parangaba, 15 anos, filha de Vicente José do Monte e de Maria da Conceição de Lima. Cf. Livro de Matrimônios, Ceará, familysearch.org.
Estrada Fortaleza / Messejana, Mecejana, lugar Cajazeiras. 1919. Fonte foto: O. Justa. brasilianafotografica.bn.br
Messejana, Mecejana,* segue uma trilha semelhante à de Parangaba. 1760: O Município, muda de Paupina para Messejana. No ano de 1921, 31 de outubro o então Governador do Ceará Justiniano José de Serpa, n. Aquiraz, rebaixou o Município à categoria de Distrito anexado ao município de Fortaleza. Ironia: Justiniano natural da historicamente inimiga da Vila da Fortaleza, em uma canetada resolve o macro problema não somente territorial.
* Índia Mecejana: “Mecejana é nome que nos veio de Portugal e não do Tupi. Aparece na toponímia lusitana, com a forma Messejana e está incluído nos Vestígios da língua árabe em Portugal. “Messejana, nome de uma vila portuguesa, e não nome indígena como supôs Alencar.” (3). V. Clóvis Monteiro, Português da Europa e Português da América. RJ, 1931, pp. 139-40. (Nota do prof. Gladstone Chaves de Meio à edição critica do I.N.L., (1948), “Apud” (4) Messejana, pequena Vila, localiza-se no sudoeste do Alentejo, Baixo Alentejo, e é Freguesia do Concelho de Aljustrel, Distrito de Beja, Portugal. Tem 1112 habitantes, e uma área de 11.316 ha.José de Alencar, ao publicar Iracema, no ano de 1865, explica o significado de Mecejana, (com C, pois admite que com S teria origem no árabe, de masjana, que significa prisão ou cárcere. Deriva do verbo sajana (encarcerar, meter em prisão) decompondo-o em seus elementos mórficos. O autor da Origem de Sant’Anna teria, à sua época, tinha plena aceitação da justificativa de Alencar como de resto a aceitação era geral, - teria, repete-se, romanceado e batizado a índia com o nome de Mecejana para dar maior efeito à narrativa? Existindo em Santana do Acaraú um jornal, O Município de Sant’Anna, com escritório à rua Coronel Menescal, nº 2, fundado no dia 10 de fevereiro de 1882, pelo Dr. José Mendes Pereira de Vasconcelos, “impresso quatro vezes ao mês”, (12) publicou-se em forma de folhetim, a “Origem do Município de Sant’ Anna”. *A autoria do livro é atribuída ao Dr. José Mendes Pereira de Vasconcelos e com maior ênfase ao Padre Antônio Thomáz Lourenço. Cf. Francisco Augusto de Araújo Lima, Famílias Cearenses Zero - Soares e Araújos no Vale do Acaraú. 1ª Edição, 1989. 2ª Edição. Editora Expressão Gráfica, Fortaleza. 2011. p. 274. Cf. José de Alencar. Iracema. IU. UFC. Fortaleza. 1965 p. 63,71,149, 162,173,184.
Parangaba e Messejana municípios determinavam os seguintes limites ao município da Fortaleza:
Nascente, o Rio Cocó separava Messejana da Fortaleza. A antiga Praia Por Detrás do Farol, nominada por Luciano Carneiro de Praia do Futuro, era Fortaleza, e foi loteada por Antônio Diogo de Siqueira no ano de 1951. O jornalista Luciano Carneiro ‘brevetado’, pilotava com amigos pequenos aviões monomotores, fazendo a vigilância da costa cearense, e em hora de maré baixa, descia com seu teco - teco, na Praia de Futuro onde fazia picnic em companhia de pilotos e da aeromoça, jovem e bonita Hebe Camargo, dizem. A Praia do Sabiaguába já era Messejana e as famílias nativas, mantém até hoje (2019) o vínculo sócio econômico com Messejana. Ao atravessar a ponte sobre o Rio Cocó na Av. Engenheiro Santana Júnior, já penetrava no município de Messejana, incluindo, a antiga salina da família Diogo Siqueira, no manguezal onde ergueram o Shopping Center Iguatemi que lógico pertenceria a Messejana.
Mais ao norte a Estrada da Messejana separava este município do município da Parangaba, a partir do Sítio da Balança, Alto da Balança, assim chamado por existir uma balança onde se pesava e era medido tudo que entrava em Fortaleza, para cobrança de impostos. O Alto da Balança confrontava com o alojamento e cassino dos Oficiais da Base Aérea, onde começa o Bairro da Aerolândia (referência a Base Aérea). Do Alto da Balança para o poente já era município da Parangaba, inclusive a Base Aérea = Sítio Cocorote que pertenceu ao Padre Senador Tomás Pompeu de Souza Brasil. Ainda para o poente o Riacho Tauape era o divisor natural entre Fortaleza e Parangaba. Transformado o leito do Riacho Tauape em Canal. Na esquina Sudoeste deste Canal com Av. João Pessoa, funcionou o Bar Fronteira, em referência ao limite entre os citados municípios, Fortaleza / Parangaba. O Bar Fronteira propriedade de um paraense, Sr. Teixeira, casado com uma Senhora da família Justa, pais de: Maria Francisca da Justa Teixeira, falecida assassinada com um tiro no olho, Aurélia da Justa Teixeira e Nazinha da Justa Teixeira, residentes em Duque de Caxias, RJ. Cf. Hemeroteca Digital, Biblioteca Nacional, RJ e Acervo FAAL.
O Sítio Porangabussú de propriedade de Manoel Francisco da Silva nasceu aos dezoito dias do mês de janeiro do ano de 1802, na Rua dos Ferreiros, m, Porto, filho de José Francisco Arteiro e de Rosa Maria (da Cunha), casados aos 23 dias de janeiro de 1792. O Sítio Coqueirinho propriedade do Barão de Studart, havido de herança do seu sogro Visconde do Cauípe. Loteamento Parque Coqueirinho, (Parquelândia), do Boris Frère & Cia, Manoel Sátiro e outros. O Sítio Damas documenta-se sua existência no ano de 1862. O Alagadiço Grande, atual Bairro de São Gerardo, Fortaleza, pertencia a Parangaba, existindo uma pequena Capela, de São Francisco de Paula, na atual Av. Bezerra de Menezes, antiga Estrada da Uruburetama, seguindo sempre o rumo norte.
Bairro Damas, Parangaba. Compreendia Avenida João Pessoa: do Beco do Segundo, Rua Dom Pedro II, atual Rua Professor Costa Mendes, até o Trilho do Trem, Capela do Sagrado Coração de Jesus do Asilo de Alienados da Parangaba.
Bairro Damas à moda antiga. A Avenida João Pessoa e Ruas perpendiculares. Retificação de comprimento.
Capela N. Senhora Auxiliadora e Colégio Juvenal de Carvalho, Av. João Pessoa, 4279. Bairro Dom Bosco. 1933/1939. Fonte foto: Nirez de Azevedo.
O Coronel Juvenal de Carvalho nasceu no lugar Mata Quiri, em Cascavel a 28 de março de 1858. Faleceu em Fortaleza a 24 de dezembro de 1955. Residiu em Aracati, onde foi caixeiro em firma comercial, em Acarape, Redenção, no seu Sítio Engenho Livramento. Capitão da 6ª Companhia, do 44° Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, Freguesia do Acarape, Comarca da Pacatuba, (1889). Delegado de Polícia, (1889), Intendente Municipal, (1897). Desenvolveu o plantio e benefício da cana de açúcar e do algodão, fábrica a vapor de descaroçar algodão. Residiu a partir de 1925, em Fortaleza, dedicando-se a atos de filantropia. Sócio Efetivo do Instituto do Ceará, a 20.02.1946. Casado com Dona Mariquinha. Cf. Livro de Batismos. Cascavel 1854/1862. Nihil. O Coronel Emiliano Cavalcante foi assassinado e resultou em acusação ao Coronel Juvenal e duas décadas de demandas judiciais. Ver nesta Página Famílias Cearenses Agronomia 100 anos ... Prof. Francisco de Oliveira Melo. Cf. Francisco Augusto de Araújo Lima, Genealogia da Ribeira do Jaguaribe. Ed. Artes Digitais. Fortaleza. 2006. Cf. Jornal Libertador. Fortaleza. 15.10.1890, e Jornal A Razão.
O Colégio Juvenal de Carvalho pertenceu ao Bairro Dom Bosco, extinto. Depois ao poente passou a ser Porangabussu e ao nascente era Bairro do Jardim América.
Rua Samuel Uchoa. Samuel Magalhães Uchoa nasceu em Maranguape, filho de Manoel Alcântara Uchoa e de Francisca Magalhães Uchoa. Casou-se aos 10 de agosto de 1925, Fortaleza, com Maria Anunciada da Silva Cavalcante, natural do Pará, filha de José Lucas Cavalcante e de Inocência da Silva Cavalcante. Cf. Livro de Matrimônios, Fortaleza, familysearch.org.
Tenente Bezerra, Joaquim Olímpio Bezerra e D. Marina Maria Fernandes Bezerra, residentes na Av. João Pessoa / Rua Alexandre Baraúna, esquina sudoeste em X com a esquina nordeste, logo, quase defronte ao Colégio Juvenal de Carvalho, Fortaleza. Pais de: 1. Anchieta de Guarany Fernandes Bezerra nasceu 24.01.1938, Fortaleza, batizado a 27 de março seguinte, pelo Padre Geminiano Bezerra de Menezes. Padrinhos o Monsenhor Otávio de Alencar Santiago e Maria do Espírito Santo de Jesus, sua avó paterna. Bancário, BNB, casou-se a 20.09.1964, na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, Itarema (Sobral), com Maria Junilla Rego. Termo de batismo de Anchieta de Guarany.
Cf. Livro de Batismos, Ceará, familysearch.org.
2. Professora, UFC, Teresinha de Maria Bezerra Sampaio Xavier, Bacharela em Matemática pela Faculdade Católica de Filosofia do Ceará / UFC., que se casou com Aírton Fontenele Sampaio Xavier, Ayrton, Médico, Matemático, Professor da UFC, {nascido no ano de 1933 e falecido a 30.06.2015}, filho do Capitão post mortem José Sampaio Xavier e de Nair Melo Fontenelle, Nair Fontenelle Sampaio Xavier. Dr. Ayrton irmão consanguíneo do Professor Dorian Sampaio. Ver nesta Página Famílias Cearenses, Liceu do Ceará, Dorian Sampaio.
3. Antônio Gil Fernandes Bezerra, empresário de sucesso, dono do Marina de Iracema Park S/A, casado com a Senhora Elisa Maria Gradvohl Bezerra, com geração.
4. Maria do Socorro Fernandes Bezerra casada com Lúcio de Castro Sátiro, filho do Dr. Agapito dos Santos Sátiro e de Maria Antonieta de Castro Sátiro. Lúcio Nasceu em Fortaleza, em nove de agosto de 1943, Advogado, jornalista e radialista, que iniciou a carreira na Rádio Uirapuru, indo depois para Rádio, Cidade AM. e faleceu no dia 05 de dezembro de 2011.
5. Eduardo Fernandes Bezerra.
O Tenente Joaquim Olímpio Bezerra nasceu no dia 22 de janeiro, Chefe do Tiro de Guerra de Camocim, litoral poente do Ceará, 1930, e era filho de Raimundo Alexandrino Gomes n. 1856, e de Maria do Espírito Santo de Jesus, n. 1861, naturais do Riacho do Sangue, Jaguaretama, Ceará. Promovido de 2º Tenente da Reserva ao Posto de 1º Tenente. 16.06.1951. Cf. Hemeroteca Digital, Biblioteca Nacional, RJ.
Imbróglio Jaime Calado. O pernambucano José Ferreira Guimarães (filho do português revolucionário Clementino Ferreira Guimarães, barbeiro falecido - 1936 - após padecimentos em várias prisões). José Ferreira Guimarães virou Jaime Calado no ano de 1939, quando mudou-se para Fortaleza, com a esposa e os dois filhos mais novos. O membro do Partido Comunista já havia sido preso diversas vezes desde a adolescência. Jaime não freou seus ímpetos e foi “vítima de suas ideias”. O jornalista organizou um movimento de oposição à visita do líder integralista Plínio Salgado a Fortaleza. “Ele tinha horror aos integralistas, ao Plínio”, pontua a informação. No dia 29 de julho de 1949 um boato de que estudantes estavam sendo espancados no interior do Teatro José de Alencar fez com que Jaime Calado e companheiros fossem para lá e diante de uma multidão trocando tiros, encontrou a morte. Inviável apontar quem matou quem no trágico episódio. Cf. Hemeroteca Digital, Biblioteca Nacional, RJ.
No penúltimo quarteirão, rumo mar - sertão, da Avenida João Pessoa / Beco do Segundo, atual Rua Prof. Costa Mendes, existia o antigo Instituto de Ensino Coelho Sampaio, lado da sombra, testemunha que ali ocorreu um corte no solo para amenizar o aclive. Do lado sol, observa-se - ainda - quatro idênticos e simpáticos sobrados, onde em um deles residiu Rodger Franco Rogério que nasceu a 28 de janeiro de 1944, em São Gerardo, Fortaleza, filho de Pedro Rogério de Aguiar, Aviador, e de Maria José Franco de Aguiar, Professora de História.
Avenida João Pessoa lado do sol, próximo Rua Prof. Costa Mendes. Em um desses sobrados residiu a família de Rodger Franco Rogério. Fonte foto: Google.
Termo de batismo.“Aos cinco de março de 1944, na Igreja Matriz de São Gerardo, solenemente batizei a Rodger, nascido nesta Freguesia a vinte e oito de janeiro de 1944, filho legítimo de Pedro Rogério de Aguiar e de Maria José Franco de Aguiar moradores nesta Paróquia. Foram padrinhos, Adamastor de Oliveira e Adélia Alves de Oliveira. E, para constar, foi lavrado este termo que assino. O Vigário Padre Pedro Perdigão Sampaio.”
Rodger Rogério Bacharel em Física, Professor Universitário, músico, casou-se com Téti, Maria Elisete Moraes de Oliveira nasceu a 13 de junho de 1944, em Quixadá, filha de Juvêncio Alves de Oliveira e de Maria Morais de Oliveira. Téti também moradora na Avenida João Pessoa e ambos do Grupo Musical - Pessoal do Ceará - de sucesso nacional. No termo de batismo informa que Maria Elisete nasceu no dia doze de junho, mas ela, Téti, diz que foi no dia treze de junho.
Termo de batismo de Maria Elisete.“Aos quatorze de junho de 1944, na Igreja Paroquial de Quixadá, solenemente batizei a párvula Maria Elisete nascida na Freguesia de Quixadá a 12 (doze) de junho de 1944, filha legítima de Juvêncio Alves de Oliveira e de Maria Morais de Oliveira, moradores nesta Freguesia de Quixadá. Foram padrinhos Francisco Sila Pinheiro e Eliza Almeida Pinheiro. E para constar lavrou-se este termo que assino. O Vigário Padre Luís Braga Rocha.” Cf. Livro de Batismos, Quixadá. familysearch.org. Cf. Livro de Batismos, Fortaleza. familysearch.org.
O Coronel Juvêncio Alves de Oliveira Escrivão da Coletoria Estadual de Quixadá. Maria Luíza de Moraes faleceu às 23 h do dia 06.09.1925, na Serra do estevão, Quixada, com 46 anos de idade. Cf. Jornal Sitiá, Quixadá. 28.09.1924. E 13.09.1925. Papelaria Quixadaense re-inaugurada a 30 de maio de 1948. Cf. Quixadá - Jornal, Quixadá. 29.05.1948.
No sentido Fortaleza / Vila da Parangaba, a primeira Rua do Bairro Damas é a Professor Costa Mendes, {João de Araújo Costa Mendes}, antigo Beco do Segundo, Rua Dom Pedro Segundo, início do antigo Bairro Damas.
O Professor João de Araújo Costa Mendes nasceu em Boa Viagem, filho de Inácio Mendes Guerreiro, natural da Freguesia das Russas, Ceará, e de Joana Gomes da Silva. Neto paterno de José da Silva Bezerra e de Joana Batista Guerreiro. Neto materno de Luciano Alves da Costa e de Ana Alves da Costa. O Professor Costa Mendes casou-se a 24 de maio de 1864, com Maria Madalena da Justa, filha de Antônio Gonçalves da Justa nasceu na Freguesia de Santa Maria da Estrela, Arcebispado de Braga, e de sua segunda esposa Francisca Maria da Silva, casados a 16 de setembro de 1841,em Fortaleza. Neta paterna de Manoel Gonçalves da Justa e de Ana Maria de Jesus. Neta materna de Vidal da Penha Silva e de D. Faustina Maria da Conceição. O Professor e Dona Maria Madalena da Justa, pais de Francisca da Justa Mendes, Maria da Justa Mendes, João de Araújo da Justa Mendes, Antônio da Justa Mendes, Amélia da Justa Mendes e Mariana da Justa Mendes.
O seu irmão, Padre Francisco Inácio da Costa Mendes nasceu Boa Viagem, a 14 de maio de 1842 e foi batizado a 30 de julho seguinte, na Fazenda Poço d’Água, pelo Padre Inácio Antônio Lobo. Padrinhos, o Reverendo Vigário, Padre Antônio Pinto de Mendonça e Jacinta Ribeiro do Nascimento. Cf. Livro de Batismos, Ceará. familysearch.org.
Costa Mendes homem de muitas artes, foi mestre na Bahia. Em Fortaleza, com seu irmão Manoel Teófilo da Costa Mendes fundaram em 08 de janeiro de 1863, o Ateneu Cearense. No primeiro ano o Ateneu já contava com 150 alunos, sendo 46 internos, 08 meio pensionistas e 96 externos. Passa o Ateneu ao irmão Manoel Teófilo. Empreendedor, faz funcionar na sua propriedade São João, á margem do Maranguapinho, à meia légua da Estação Ferroviária do Arronches, a Fábrica de tijolos e telhas e é fornecedor de pedras para a Estrada de Arronches, Parangaba.
Jornal O Cearense. Fortaleza. 18.02.1862. João de Araújo Costa, natural da Província do Ceará, sabendo que no Ipu, desta Província há um cidadão com igual nome declara que d’agora em diante assinar-se-á João de Araújo Costa Mendes. Bahia, 02 de fevereiro de 1862.
Jornal O Cearense. Fortaleza. 10.09.1882. Dia 09 de setembro de 1882, às 06 horas da manhã, sucumbiu de febre biliosa a jovem Amélia da Justa Araújo, (09 anos de idade), filha da Excelentíssima Senhora Dona Madalena da Justa Araújo e do finado João de Araújo da Costa Mendes. Pêsames a família extensivo ao seu tio materno Dr. José Antônio da Justa.
Jornal Pedro II. Fortaleza. 19.05.1868. João de Araújo Costa Mendes dá dez mil réis (10$) de gratificação a quem descobrir o ladrão que, na noite de 13 e 14 do corrente, tirou duas pedras da calçada do sobrado da Dona Francisca Justa, na Rua Formosa. Fortaleza, 15 de maio de 1868.
Jornal O Cearense. Fortaleza. 23.12.1890. Artigo do Dr. Guilherme Studart em defesa da memória do educador João de Araújo Costa Mendes, rebatendo críticas feitas ao Professor pelo Dr. Virgílio Brígido.
Jornal Constituição. Fortaleza. 06.11.1874. Na propriedade do Capitão João de Araújo Costa Mendes, á margem do Maranguapinho, à meia légua da Estação Ferroviária do Arronches, funcionou a Fábrica São João, de tijolos e telhas. Jornal Gazeta do Norte. Fortaleza. 06.05.1886.
Da Rua Costa Mendes lado da sombra encontra-se a Rua Dondon Feitosa, 320 metros de distância. (Professora Dondon a mesma Maria da Glória Feitosa e Castro, n. Tauá, Inhamuns). Pelo lado do sol, Rua Professor Costa Mendes / Ruas Macedo, Afrodísio Gondim ( n. a 13.03.1856. Missão Nova, Missão Velha, Cariri cearense), e Pedro Machado, (Pedro Machado da Ponte, n. Crateús, Ceará, comerciante, exportador, e faleceu em Fortaleza a 22.09.1950). Entre as Ruas Macedo e Afrodísio Gondim localiza-se o Polo da Lazer Gustavo Braga, medindo em forma retangular, base 105 m e altura 385 m, com área aproximada de 40.425 m² ou quase quatro hectares e meio. Na citada Av. João Pessoa em frente ao Polo de Lazer existiram dois elegantes sobrados moradia de membros da família do Doutor Gustavo Augusto Frota Braga.
1ª casa: Família do Péricles, cujo irmão morreu ao pular da Ponte do Rio Ceará, em cheia, no lugar Siqueira, e o outro irmão, ex - Cadete do Ar, fez Agronomia, UFC, nos anos sessenta. 2ª Casa: Sobrado do Doutor Gustavo Augusto Frota Braga. Fonte foto: Nirez de Azevedo.
Conjunto Arquitetônico da Família Frota Braga. Av. João Pessoa, Damas, entre as Ruas Costa Mendes e Dondon Feitosa, <320 m>.
Gustavo Augusto da Frota Braga nasceu a oito de janeiro de 1890, na Povoação da Palmeira, atual Palmácia, filho de José Raimundo Braga e de Leopoldina da Frota. Doutor Gustavo casou-se a 30 de junho de 1921, em Fortaleza, com Edith Lima Barreira nasceu a 10 de dezembro de 1896, filha do Coronel Fausto Barreira Cravo e de Dona Ana Bela Pessoa Lima. Neta paterna do Major Francisco Alves Barreira Cravo e de Maria de Jesus Marinho. Neta materna de Raimundo de Paula Lima e de Francisca Bella Gentil Pessoa.
Termo de batismo de Gustavo. “A vinte e seis de janeiro de 1890, na Capela das Palmeiras, batizei solenemente a Gustavo, filho legítimo de José Raimundo Braga e de Leopoldina da Frota Braga, nascido a oito do mesmo mês e ano, sendo padrinhos José Francisco .?. Bertrand e Ana Amélia Bertrand. O Vigário, Constantino Gomes de Matos.”
Termo de casamento de Gustavo Augusto.“No dia vinte e oito de junho de 1921, na Capela da Santa Casa de Misericórdia, compareceram em presença do Reverendo Cônego Henrique Raulino Mourão, nesta cidade o Dr. Gustavo Augusto Frota Braga e Edith Lima Barreira filha de Fausto Barreira Cravo e de Ana de Lima Barreira. Testemunhas, Emílio Cabral e o Dr. Sebastião Moreira de Azevedo." Cf. Livro de Batismos, Ceará. Cf. Livro de Matrimônios. Fortaleza. familysearch.org. Cf. Raimundo Torcápio Ferreira. Algumas Linhagens de Famílias do Sul do Ceará. RIC. 1924. p. 256.
Aos 26 de março de 1956, morre o advogado ex-membro do Conselho Penitenciário do Ceará, Professor Gustavo Augusto da Frota Braga (Gustavo Braga), cearense de Palmácia nascido em 08.01.1890. Fundador da Livraria Livro Técnico. É hoje nome de rua no (Porangabussu), Rodolfo Teófilo, em Fortaleza.
Seguindo a Av. João Pessoa lado sombra a primeira Rua após a Dondon Feitosa é a Rua Apolo, seguida das Ruas Antônio Martins e José Façanha. Da Rua José Façanha a Rua Desembargador Praxedes, antigo Beco da Lagoa, são 110 m. Na esquina Av. João Pessoa / José Façanha, Casa do Português, com fundos (poente) para a Rua Matos Vasconcelos. Da Rua Dondon Feitosa a Rua Antônio Martins, são 130 metros, (pela Av. João Pessoa) destes 97 m eram do Clube Ideal. Ver: Vanius Meton Gadelha Vieira, Ideal Clube, História De Uma Sociedade. Fortaleza. 2003.
Ideal Club, sede praiana. Fortaleza, 1957. Fonte foto: IBGE.
Da Rua Professor Costa Mendes a quadra do primitivo Ideal Clube, Damas, 1931, são 455 m, aproximadamente. A quadra situada entre as Ruas Antônio Martins / Rua Apolo, Dondon Feitosa, com 130 m de comprimento, pela Av. João Pessoa. Ideal Clube: fim da linha de Bondes, no Benfica, Dispensário dos Pobres {início do CONCRETO} +ou- dois quilômetros até a sede na Av. João Pessoa. Sítio do Sr. Luís Gonzaga Flávio da Silva, com 435 palmos de frente por 350 palmos de fundo. Ou seja 87 metros de frente por 70 m de fundos.
Jornal A Razão. Ceará, 09.01.1937. Baile - Homenagem. Às 22 horas Baile oferecido pelo Ideal Club na sua sede das Damas, ao Comandante, Oficiais e Cadetes do navio alemão Schlesien.
Jornal A Razão. Ceará, 29.03.1938. Na proximidade do Ideal Club, Damas, virou um ônibus da Empresa São José, que vinha da Parangaba rumo Fortaleza. O Senhor Gadelha funcionário do Ideal Club, socorreu e conduziu no ‘side – car’ da sua motocicleta, o Sr. Euclides Maciel que saiu lesionado.
No local onde existiu o Ideal Clube Av. João Pessoa, nº 4898, construíram o Pioneiro Shopping do Sr. Jeová Andrade Ponte, filho de Frederico Ferreira da Ponte e de Maria Lehena Andrade Ponte. Jeová irmão do Dr. Antônio Wandick Ponte c.c. D. Gláucia Lobo, filha do Médico João Otávio Lobo e de Maria de Lourdes Bezerra. Cf. Raimundo Girão, O Ceará, p.486.
O Centro de Comercialização, conhecido como Idealzinho, abrigava farmácia, salão de sinuca, mercearia, açougue, loja e um cinema, o Cine Ideal. Cine Ideal, prestigiado. Cine 1º de Maio, do Sr. João Leite, ao final da Rua Álvaro Fernandes +ou- frequentado. O Cine América pouco utilizado já que ‘era ‘longe’, ao sul da Praça de Nazaré, atual Praça Presidente Roosevelt, Jardim América. O Cine Excelsior, do lado norte da Igreja Matriz da Parangaba, onde recordo que familiares assistiram o filme nacional, O Ébrio com longos comentários de impressionarem a qualquer criança.
Ceará Rádio Clube. PRE 9. Damas, fundada por João Dummar. Fonte foto: Google.
João Demétrio Dummar nasceu em Damasco, Síria, no ano de 1903, e foi o fundador da pioneira PRE-9, Ceará Rádio Club, onde desempenhou importante papel. João Demétrio Dummar casou-se com Dona Lúcia Rocha Dummar que nasceu a 06 de maio de 1917, em Fortaleza e faleceu a 18 de setembro de 2013. Termo de casamento. “Aos vinte e sete dias do mês de janeiro de 1944, em casa particular, pelas 17 horas, em presença do Monsenhor José Alves Quinderé, e das testemunhas, Francisco Riquet e Amarílio Cotias Lebre, receberam-se em matrimônio os contraentes João Demétrio Dummar, natural de Damasco, Síria, 41 anos de idade, filho de Demétrio George Dummar e de Adla Esper Dummar, e Maria Lúcia do Carmo Rocha, natural de Fortaleza, 29 anos de idade, filha do Dr. Demócrito Rocha e de Creusa do Carmo Rocha.” Cf. Livro de Matrimônios. Ceará. familysearch.org. Ver Estrangeiros no Ceará, nesta Página Famílias Cearenses.
Instalações dos transmissores da PRE 9 - Ceará Rádio Clube, 30.05.1934, e da Rádio, 1938, na Av. João Pessoa, em área contígua a do antigo Ideal Clube. A programação era mui restrita. Noticiário e música em horários pré - estabelecidos. Poucas residências possuíam o rádio receptor, pois o preço era alto. O primeiro rádio receptor da cidade de Pacoti foi adquirido por Elias Coelho Pereira nasceu a 02.09.1904, em Jardim, Ceará, em sociedade com o Sr. Primo Gomes Tavares, comerciante, pelos idos de 1935. Elias Coelho proprietário da primeira Farmácia pacotiense, 1931.
Posto Shell Maracanã, Av. João Pessoa, quase esquina com a Rua Apolo, Damas. 1950/1959. Fonte foto: Nirez de Azevedo.
Posto Shell Maracanã lado do sol, da Avenida João Pessoa, em frente ao centro comercial, pioneiro 'shopping', (Idealzinho), em Fortaleza, do Sr. Jeová Andrade Ponte. Maracanã foi o primeiro posto de abastecimento e lavagem de veículo na Av. João Pessoa. Dotado de um moderno elevador com fosso, e jato água de forte pressão. Assistir a lavagem troca de óleo e lubrificação era uma diversão. Sob outra bandeira o Maracanã existe até hoje (2019).
Vizinho ao Posto Maracanã residiu uma família, ele Advogado, Dr. Edgard Leite Ferreira (filho de Dona Losinha e irmão de Alda Leite Ferreira, Professora pelo Colégio Santa Cecília, 1937). Dr. Edgard, casado com D. Lastênia, pais de quatro filhos: Edivânia, Marinês, Porunga e Edgard Filho, em cuja casa a moçada das Damas, comemorava o São João, os ensaios da 'quadrilha', inevitável os namoros, as amizades.
Logo após o Posto Maracanã, na Rua Apolo (sentido nascente / poente, lado direito) residência e instalações de antenas e aparelhos para controle de voo de aviões da NAB e suas sucessoras. O casal, pais de três filhas e dois filhos, sendo o mais velho de prenome Mardônio.
A Estação Ferroviária da Parangaba estrutura original foi erguida em 1873. Reconstruída em 1927, e re - inaugurada a 21.01.1941.
Fortaleza. Transporte tração animal. Marujos da Escola de Aprendizes Marinheiros do Ceará. Fonte foto: O. Justa. brasilianafotografica.bn.br
Continua 2ª parte. http://www.familiascearenses.com.br/index.php/2-uncategorised/119-um-bairro-chamado-damas-genealogia-2-parte